O diagnóstico sobre o sistema sindical brasileiro realizado pelo Presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), João Oreste Dalazen, é importante e merece destaque por se tratar de visão crítica emitida pela maior autoridade da Justiça do Trabalho brasileira. Entretanto, não é novidade para aqueles que atuam no âmbito sindical. Parcela significativa do sindicalismo brasileiro não deseja mudança alguma. São sindicatos de “cofres cheios e assembléias vazias”, já que sobrevivem do imposto sindical.
Não é o caso desse Sindicato, que defende a liberdade e autonomia sindical. Só que ela é difícil de acontecer por depender de 3/5 dos votos da Câmara e do Senado.
Por isto, a proposta do ACE – Acordo Coletivo de Propósito Específico – é tão importante, já que amplia fortemente os horizontes das negociações coletivas com as empresas, desde que observadas condições prévias essenciais para a modernização das relações trabalhistas e propõe a substituição da contribuição compulsória pela taxa negocial condicionada à aprovação em assembleia.
Para tanto, é preciso ter coragem para mudar. Este Sindicato é um dos poucos no país com a credibilidade e o poder político necessários para uma transformação tão importante. Quem viver, verá!
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