Há pouco, lembramos que a Ambev, uma maiores empresas do mundo, foi condenada por manipular registros de horários dos trabalhadores.
Agora, soubemos que a Brasil Center Comunicações, uma operadora de telemarketing, tentou estabelecer um "controle gestacional" de suas trabalhadoras, fixando uma escala de quem poderia engravidar. É isto mesmo, a empresa pretendia controlar quais trabalhadoras poderiam ficar grávidas.
Solteiras, oficialmente, estavam simplesmente excluídas; mães teriam que esperar e as autorizadas deveriam comunicar à empresa sua gravidez com seis meses de antecedência.
Nem merece comentários a resposta da gerente, de que tudo não passou de brincadeira. Já a empresa argumentou que sempre proporcionou condições de trabalho em ambiente confortável e seguro.
Ora, é óbvio que a prática ofende a honra e a dignidade das trabalhadoras e de seus companheiros. Documentos comprovam que todas as mulheres em idade reprodutiva tiveram sua dignidade e intimidade ofendidas na possibilidade de decidirem com autonomia a respeito de seus projetos de vida, de felicidade e do seu corpo.
Por isso, além da multa de R$ 50 mil à empresa, a Justiça do Trabalho determinou ao Ministério Público do Trabalho e ao Ministério do Trabalho tomarem providências cabíveis para impedir tal prática.
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