A Campanha Salarial vai sendo concluída. Foram negociações muito difíceis, todo o contexto que a envolveu é complexo. Crise econômica, crise política e, principalmente, o fato de muitas empresas utilizarem justamente deste cenário todo para fazer ajustes.
Está em curso uma nova reestruturação produtiva na economia mundial, as multinacionais brasileiras já estão se adaptando a este novo padrão.
Com tantos desafios para preservar empregos e direitos, o trabalho de base se apresenta mais uma vez como a grande estratégia de luta. Só há uma solução: diálogo diário e constante com os trabalhadores. Este Sindicato se organiza a partir da base, em grande parte das fábricas existem os Comitês Sindicais de Empresa, os CSEs.
Todos os diretores do Sindicato primeiro precisam ser eleitos para estes Comitês. Todas as atividades realizadas envolvem os CSEs, esta é a principal forma de se manter no chão de fábrica. Intensificar este trabalho é a melhor forma de atravessarmos este novo ciclo do País e do mundo.
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SINDICATO NO CHÃO DE FÁBRICA
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A Campanha Salarial vai sendo
concluída. Foram negociações muito
difíceis, todo o contexto que a envolveu
é complexo. Crise econômica,
crise política e, principalmente, o
fato de muitas empresas utilizarem
justamente deste cenário todo para
fazer ajustes.
Está em curso uma nova reestruturação
produtiva na economia
mundial, as multinacionais brasileiras
já estão se adaptando a este novo
padrão.
Com tantos desafios para preservar
empregos e direitos, o trabalho de
base se apresenta mais uma vez como
a grande estratégia de luta. Só há uma
solução: diálogo diário e constante
com os trabalhadores. Este Sindicato
se organiza a partir da base, em grande
parte das fábricas existem os Comitês
Sindicais de Empresa, os CSEs.
Todos os diretores do Sindicato
primeiro precisam ser eleitos para
estes Comitês. Todas as atividades
realizadas envolvem os CSEs, esta é a
principal forma de se manter no chão
de fábrica. Intensificar este trabalho
é a melhor forma de atravessarmos
este novo ciclo do País e do mundo.
COMPANHEIROS NA KARMANN-GHIA
RECEBEM CURSO SOBRE GESTÃO CONTÁBIL
Na última sexta-feira, dia
29, o tema do curso de formação
para os trabalhadores
na Karmann-Ghia, oferecido
pelo Sindicato, foi Gestão
Contábil nos Empreendimentos
Econômicos Solidários.
O consultor contábil da
Unisol Brasil, Aguinaldo Lima(
foto), começou a exposição
questionando o porquê
de os trabalhadores não terem
acesso à contabilidade da empresa.
“Se queremos recuperar
nossos postos de trabalho com
base na autogestão, é fundamental
que todos conheçam
a contabilidade. Ela não deve
ficar restrita ao pessoal da administração”,
aconselhou.
“É preciso pensar em uma
gestão contábil na perspectiva
solidária”, completou. E destacou
ainda a necessidade de
conhecer os números para definir
os rumos da fábrica. “Ter
informação permanente sobre
as contas é fundamental para
tomar decisões. Se eu não sei
qual a situação da empresa,
como tomo uma decisão?”,
questionou.
O consultor também lembrou
a importância de manter
os dados atualizados para
poder comparar resultados
com de outros empreendimentos,
planejar, avaliar e
projetar.
Aguinaldo ressaltou ainda
que uma cooperativa não
visa lucro e sim resultados
positivos com sobra que será
distribuída ou reinvestida.
Durante a atividade, os companheiros
também puderam
tirar dúvidas.
adonis guerra
Agenda
A Comissão de Metalúrgicos com Deficiência do
ABC convoca os companheiros para reunião amanhã,
às 9h, no Centro de Formação Celso Daniel, ao lado da
Sede. Na pauta, assuntos gerais e análise de conjuntura.
METALÚRGICOS COM DEFICIÊNCIA
Sangue
Para Francisco Lúcio Cardoso, o Velho Lion, aposentado na Brasinca
e pai do companheiro Marco Aurélio Cardoso, na armação na Volks.
Banco de Sangue Paulista. Rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues, 46,
14º andar, Vila Nova Conceição, São Paulo. Segunda a sábado, das 8h às
16h40. Tel. 3048-8969.
Banco do Brasil: 001 – Agência: 6550-1
Conta corrente: 33247-X
Nome do favorecido: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
CNPJ do Sindicato: 71.535.520/0001-47
edu guimarães
smabc.org.br Tribuna Metalúrgica – Sexta-feira, 4 de novembro de 2016 3
FEM-CUT ASSINA CONVENÇÃO COLETIVA
COM ESTAMPARIA E TRÊS SINDICATOS DO G8
A Federação Estadual dos Metalúrgicos
da CUT, a FEM-CUT, assinou
ontem as Convenções Coletivas de
Trabalho, as CCTs, com a Estamparia e três
sindicatos patronais pertencentes ao Grupo
8. As assinaturas foram na Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo, a Fiesp,
em São Paulo.
Os salários serão reajustados pelo INPC,
como índice de referência aprovado pelos
trabalhadores durante assembleia geral realizada
no dia 13 de outubro, em Diadema.
“As negociações foram muito difíceis,
já que a ‘pauta’ patronal insistia a todo
o momento em retirar direitos, como o
congelamento de salário por três anos e o
fracionamento de férias”, contou o presidente
da FEM-CUT, Luiz Carlos da Silva
Dias, o Luizão.
Na Estamparia, o reajuste será de 6,5%
retroativo a 1º de setembro e o restante em
1º de fevereiro. As cláusulas sociais estão
mantidas.
Os três sindicatos patronais que racharam
com o G8 e chegaram ao índice de referência
foram os de equipamentos ferroviários e
rodoviários, artefatos de metais não ferrosos
e artefatos de ferro, metais e ferramentas em
geral, respectivamente, Simefre, Siamfesp
e Sinafer. O acordo negociado determina
que o valor seja pago em duas vezes, sendo
6,62% retroativo a 1º de setembro e o restante
em 1º de fevereiro de 2017.
Luizão destacou os ataques contra a
classe trabalhadora e citou a liminar do
ministro Gilmar Mendes, do Supremo
Tribunal Federal, o STF, que suspende a
regra ou princípio da ultratividade prevista
na Súmula nº 277 do Tribunal Superior do
Trabalho, o TST.
A ultratividade reconhece que cláusulas
coletivas integram os contratos de
traba-lho mesmo após o término de sua
vigência, até que novo acordo coletivo
venha a ser assinado. O objetivo do TST,
com a Súmula, era evitar perda de direitos
importantes dos trabalhadores, pois
estariam valendo enquanto não houvesse
nova negociação.
“Conseguir assinar a CCT em um
momento em que todos acham que podem
retirar direitos é algo extremamente
importante para os trabalhadores. Nós
resistimos aos ataques e conquistamos o
acordo”, afirmou.
No dia 26 de outubro, a FEM-CUT já
assinou a Convenção com as bancadas
patronais do G2 e da Fundição na sede da
Federação, em São Bernardo.
As conversas com o G3, os demais
sindicatos patronais do G8 e o G10 continuam
sem avanços. Hoje, em Sorocaba,
a FEM-CUT definirá os próximos passos
da Campanha Salarial. “Não descartamos a
possibilidade de buscar o índice na justiça
com esses grupos”, concluiu Luizão.
CLÁUSULA INÉDITA NO
G2 E NA FUNDIÇÃO VAI
BENEFICIAR TRABALHADOR
COM DEFICIÊNCIA
Entre as cláusulas das convenções coletivas
assinadas entre a Federação Estadual dos
Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, com o
Grupo 2 e a Fundição está o cumprimento da
lei 8.213/91, que estabelece cotas para trabalhadores
com deficiência, por meio da adoção
da metodologia aplicada pela Associação
Brasileira de Emprego Apoiado, ABEA. A
medida é inédita na categoria.
Durante as rodadas de negociação, representantes
da entidade participaram de reuniões
para apresentar a proposta ao setor patronal.
Como resultado, foi inserido nas novas
convenções, que as empresas procurem os
respectivos sindicatos, inclusive por meio de
contato com entidades especializadas como a
ABEA, para atuarem de forma conjunta a fim
de atender esse compromisso social.
Após esse contato, a ABEA colocará à
disposição da empresa um trabalhador que
preencha o perfil pretendido. Caso contratado,
ele será acompanhado pela entidade até
que esteja estabelecido na empresa.