De acordo com o relatório da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial, Unido, 2016 se encerrou com a China sendo responsável por um quarto de toda a produção industrial mundial. Seguida pelos Estados Unidos, 16% e Japão 8,7%. O Brasil ocupa a nona posição nesse ranking, mas representa apenas 1,8% do total, enquanto em 2005 participava com 2,9% da produção global.
Na economia nacional, a indústria de transformação também perdeu participação quando comparada com outros setores de atividade. Em 1985, contribuía com 22% do PIB brasileiro; hoje representa apenas 10%.
Dentre os 100 maiores municípios que mais geram riqueza industrial, cinco são do ABC: São Bernardo, Santo André, Diadema, São Caetano e Mauá. Juntos, eles ocupariam o quarto lugar do País, com R$ 34,2 bilhões em valor adicionado pela indústria, o que demonstra a força econômica da região.
É preocupante a quase inexistência de medidas de estímulo à indústria pelo atual governo e a timidez do novo regime automotivo em discussão, o Rota 2030. Ao contrário da reforma Trabalhista e da nova lei de terceirização, que atuam para rebaixar salários e precarizar condições de trabalho, o regime poderia estimular o investimento em conhecimento técnico e inovador.
Dados do próprio governo mostram que temos menos de 5% dos trabalhadores da indústria atuando em pesquisa, desenvolvimento e engenharia, e revelam, assim, a desvantagem da indústria brasileira.
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