Os indicadores negativos de saúde no Brasil estão se agravando. Há o aumento nas taxas de mortalidade infantil, de desnutrição crônica e de mortes maternas, além da queda histórica na cobertura vacinal de crianças e a volta de doenças já controladas, como o sarampo.
Também surgem artigos sobre o impacto da crise econômica e das medidas de austeridade sobre a saúde. Na edição de julho da revista BMJ Saúde Global há uma análise que alerta para o risco de reversão das conquistas obtidas pelo SUS e a ampliação das desigualdades de saúde no Brasil, prejudicando a cobertura universal em saúde e agravando a pobreza, graças à Emenda Constitucional 95, que congela os investimentos em saúde e educação por 20 anos, a partir de 2018.
O estudo se apoia em evidências internacionais de que cortar investimentos em saúde pública não é sábio nem necessário, e chama atenção para o surgimento de um sistema no Brasil, com um SUS financeiramente esgotado atendendo aos pobres, planos de saúde privados de “cobertura limitada” para a classe média e, para os ricos, planos de alta qualidade e alto custo.
Estudo anterior que envolveu pesquisadores brasileiros e ingleses também projetou cenário desalentador caso persistam as medidas de austeridade: 20 mil mortes a mais de crianças até 2030.
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