10 mil pedem redução de imposto e juros menores
Foto: Rossana Lana / SMABC
Ao final da manifestação que cerca de 10 mil trabalhadores fizeram na manhã desta quarta-feira (30) na Via Anchieta, o presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, disse que tem uma expectativa positiva nos encontros de quinta-feira (1º), em Brasília, para entregar o abaixo assinado pedindo o fim da cobrança do imposto de renda da PLR. O ato também pediu a redução da taxa de juros.
Pela manhã, o encontro será com o presidente da Câmara Federal, deputado Marco Maia, e à tarde com o ministro da Fazenda Guido Mantega e com o secretário da Presidência, Gilberto Carvalho.
“Vamos entregar a proposta de novas alíquotas para a cobrança do imposto de renda da PLR, isentando quem ganha até R$ 8 mil, e queremos ver sua implantação o mais rápido”, comentou.
Ele avisou que as manifestações terão continuidade caso o governo não atenda essa reivindicação.
O presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, Paulo Lage, lembrou que no começo do governo Lula os trabalhadores saíram às ruas pedindo a correção da tabela do Imposto de Renda e a valorização do salário mínimo.
“Conseguimos agendar esse debate junto ao governo e tivemos essas conquistas. Com mais dinheiro no bolso a roda da economia girou mais rapidamente e conseguimos superar a crise norte-americana”, afirmou.
“Hoje nós temos estas duas outras demandas e acredito que, mais uma vez, teremos sucesso”, comentou.
A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvândia Moreira, disse que a isenção do imposto de renda da PLR vai significar mais R$ 1,6 bilhão no bolso dos trabalhadores, dinheiro suficiente para comprar cerca de 53 mil carros.
“Também devemos cobrar dos banqueiros a redução das taxas dos empréstimos, do cheque especial, do cartão de crédito. É uma exploração”, comentou.
Também presente na manifestação, o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, Paulão Cayres, denunciou que parte da mídia confunde a sociedade ao dizer que os trabalhadores não querem pagar impostos. “É mentira. Queremos reduzir a nossa carga tributária e aumentar a dos ricos. Queremos a tabela progressiva, para colocar as mãos nos bolsos de quem explora a classe trabalhadora”, avisou.
O secretário geral dos Metalúrgicos de São Paulo, Jorge Carlos Morais, o Araken, lembrou que trabalhador com dinheiro significa crescimento da economia. “Essa taxação absurda uniu as centrais sindicais”.
Cláudio Batista, do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, disse que o imposto de renda penaliza o trabalhador. “É uma reivindicação que une a classe trabalhadora, já que todos vão colher os frutos desta luta”.
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