4º Congresso: Fome Zero é “o” programa social

O assessor da Presidência da República, Frei Betto, disse que o Fome Zero não é apenas um programa social, mas sim o programa social do governo Lula. “Todas as ações sociais do governo devem convergir para o Fome Zero”, afirmou.

Frei Betto debateu o Fome Zero no sábado pela manhã e elogiou a atitude dos metalúrgicos do ABC em doar parte da conquista da campanha salarial. “O Brasil precisa acabar com a indústria do carro pipa, que vende a água mais cara do mundo e serve como moeda de troca para os mesmos grupos políticos se manterem no poder”, disse.

Para o assessor, apesar dos governos saberem que uma cisterna de placa de cimento pode armazenar água para uma família de cinco pessoas sobreviver durante oito a nove meses, em 20 anos foram construídas apenas 50 mil cisternas no Brasil. No ano passado, foram feitas apenas 12 mil. “O presidente Lula vai construir este ano 22 mil cisternas, quase o dobro do ano passado. O projeto é fazer um milhão de cisternas ao longo do mandato”, anunciou.

Investimento

Frei Betto disse que o governo pretende gastar este ano R$ 1,8 bilhões com o Fome Zero.

Nas cidades onde é implantado, o programa provoca quase uma revolução na economia local. Em Guaribas, no Piauí, por exemplo, quando o dinheiro começou a circular, a cidade construiu um mercado público; pessoas que saíam de lá e vinham para São Paulo tentar a sorte estão começando a voltar.

Isto porque o Fome Zero não é só o cartão alimentação. Onde o programa chega são implantadas várias políticas públicas: alfabetização, agricultura familiar, cooperativas, saneamento básico, construção de moradias, combate à corrup-ção etc.

Em Guaribas, de cada mil crianças, 60 morriam nos seis primeiros anos de vida. Depois do Fome Zero, em abril deste ano, não foi registrada nenhuma morte.