Pacote faz preço de carro cair até 16%
Medidas incentivaram vendas e estimularam produção

Foto: Reprodução
Dez dias após o governo federal anunciar uma série de incentivos à indústria automotiva para baratear o preço dos automóveis e incentivar o consumo, levantamento realizado por consultoria especializada mostrou que a decisão foi correta.
Segundo a Molicar, que faz semanalmente pesquisas de vendas de carros novos, os preços dos veículos já caíram até 16% devido aos descontos praticados por montadoras e concessionárias.
Como resultado, aumentaram em até três vezes as vendas nas lojas e feirões realizados no último final de semana. A Ford, por exemplo, informou que a comercialização dobrou na comparação com os finais de semana anteriores. E a General Motors (GM) diz que contabilizou a venda de 2.100 veículos novos, quando o número não passava dos 800.
Já a Volkswagen registrou alta de 30% no comércio de automóveis nos feirões que realizou em São Bernardo e São Paulo. O retorno das vendas estimulou a montadora, que cancelou as paradas de produção que vinha realizando.
“As medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem como objetivo principal estimular a economia brasileira, diante do agravamento da crise econômica global”, comentou Teonílio Monteiro da Costa, o Barba, diretor Administrativo do Sindicato.
“O aumento das vendas vai estimular a produção que estava parada. Com a retomada da produção os empregos tendem a ser preservados”, prosseguiu.
“O problema é que são medidas emergenciais. E como todas decisões deste tipo tem um prazo determinado de duração”, disse Barba. Ele calcula que até a metade do ano os incentivos garantem a produção sem problema. “Daí para a frente será necessária a retomada da economia. E acreditamos que isso vá acontecer no segundo semestre”, concluiu o dirigente.
Acompanhe algumas medidas
Uma das principais decisões foi a queda do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos carros nacionais 1.0, que caiu de e 7% para zero até 31 de agosto deste ano.
Mas o governo também cortou impostos e juros de outros modelos, reduziu o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para financiamentos e aumentou o prazo para comprar os veículos a prazo e o BNDES anunciou juros menores para empresas.

Da Redação