Mercado de caminhões sinaliza recuperação
Apesar do volume de emplacamentos bem menor em relação ao ano passado, as vendas evoluíram 21% em maio
A retomada da produção nas fábricas de veículos comerciais no mês passado promoveu de maneira mais efetiva as entregas de caminhões ao mercado. Pelos números consolidados pela Fenabrave divulgados na terça-feira, 2, as vendas em maio somaram 4,7 mil unidades, volume 21,1% superior em relação a abril, com 3,9 mil emplacamentos, mas declínio de 48,5% na comparação com maio do ano passado, quando o mercado absorveu 9,1 mil caminhões.
Para a federação que representa a distribuição de veículos no País, o desempenho apresentado dá sinais de recuperação gradual. “Crescimento foi maior nos veículos de alta capacidade, acima de 30 toneladas. Tem a ver com a colheita da soja e necessidade de renovação de frota”, diz Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave. “Não chegou a faltar produtos em decorrência da paralisação das fábricas, mas isso não está descartado para os próximos meses”, avalia.
O dirigente, no entanto, acredita que a retomada do segmento de caminhões será mais acelerada do que nos automóveis. “Caminhão é sempre o primeiro a entrar na crise e o primeiro a sair. Depois, a frota brasileira está muito desgastada e isso pode propiciar melhoria mais rápida no segmento. Os números de caminhões em maio representaram um alento, mas hoje está difícil fazer previsões mais precisas.”
No acumulado dos cinco primeiros meses, as vendas recuaram 26,1%, de pouco mais de 39 mil unidades registradas há um ano para 28,8 mil caminhões negociados entre janeiro e maio. Segundo avaliação do vice-presidente para veículos comerciais da Fenabrave, Sérgio Zonta, além da demanda do agronegócio por caminhões como destacou Assumpção Júnior, outros segmentos, especialmente o de transporte de itens essenciais, promoveram aumento das consultas na rede de concessionárias.
Do AutoIndústria