Assembleia hoje, às 18h, na Regional Diadema, define rumos da Campanha
Os patrões se enganaram quando quiseram cansar a categoria

Assembleia de mobilização na Mangels, em São Bernardo. Foto: Raquel Camargo / SMABC
Os metalúrgicos do ABC fizeram mais de 100 assembleias nos últimos 15 dias para deixar bem claro aos patrões que estão dispostos a ir até onde for necessário para conseguir uma proposta igual em todos os grupos nesta Campanha Salarial.
Por isso, se na assembleia que acontece nesta terça (20), às 18h, em frente à Regional Diadema, não for apresentado um percentual de reajuste nos salários que agrade a categoria, o pau vai comer.
“O clima está quente”, resumiu nesta segunda (19) David Carvalho, coordenador da Regional Diadema, após participar de assembleia que reuniu trabalhadores na Transtechnology, Termicon e Master Mag.
“Diante das mobilizações e paralisações realizadas, há uma forte expectativa para uma assembleia grande e representativa, onde os trabalhadores darão os rumos para a Campanha”, afirmou David.
Ele repetiu que todos insistem em índices iguais e insinuou sobre o que pode acontecer se a companheirada não for atendida. “Os avisos de greve já foram encaminhados individualmente por empresa e aos grupos patronais”, alertou David.
Galeria de fotos: Mobilizações na Transtechnology, Termicon e Master Mag: http://ow.ly/6ykjK
Helio Honorato, o Helinho, coordenador da Regional Ribeirão Pires, também destacou a agitação que a categoria promoveu nos últimos dias. “A assembleia em Diadema vai coroar todo esse processo e definir o que faremos”, destacou.
A demora no acordo foi o ponto criticado pelo coordenador de São Bernardo, Carlos Alberto Gonçalves, o Krica. “Já estamos na hora de rodar a folha de pagamento e nada! Isso não pode acontecer”, protestou.
Ele culpa os patrões pela demora e desconfia dos motivos. “Os empresários devem estar apostando que vão nos vencer pelo cansaço. Mas somos nós que não agüentamos mais esperar”, afirmou, depois de participar de uma movimentada assembleia na Mangels.
CONHEÇA AS PROPOSTAS PATRONAIS REJEITADAS NAS NEGOCIAÇÕES
FUNDIÇÃO:
Reajuste: 9,0%
Aumento real: 1,49%
Pisos e teto: 9,0%
GRUPO 2:
Reajuste: 8,5%
Aumento real: 1,02%
Pisos e teto: 8,5%
GRUPO 3:
Reajuste: 8,9%
Aumento real: 1,4%
Pisos e teto: 8,9%
(acima do teto R$ 531,61)
GRUPO 8:
Reajuste: Até 50 trabalhadores: 8,5% – Aumento real: 1,02% / Acima de 50 trabalhadores: 9,5% – Aumento real: 1,96%
Pisos: 8,5% (primeiro) e 9,5% (seguintes)
Teto: 9,5%
GRUPO 10:
Reajuste: Até 35 trabalhadores: 8,47% – Aumento real: 1,0% / Acima de 35 trabalhadores: 9,55% – Aumento real: 2,0%
Pisos: 8,47% (primeiro) e 9,55% (seguintes)
Teto: 9,55% / Acima do teto, parcela fixa de R$ 513,61.
Da Redação