Carros elétricos serão maioria no mundo em 2033, mas Brasil pode ficar para trás
Modelos movidos por baterias devem superar os números de vendas de carros a combustão nos próximos anos, de acordo com pesquisa da consultoria EY
Com a Tesla despontando como a montadora mais proeminente de carros elétricos, as marcas tradicionais do setor automotivo estão acelerando para se adequar ao crescimento da demanda por veículos movidos por baterias. Seja por força de legislações que impedirão a venda de carros a combustão nos próximos anos, seja pela demanda dos consumidores, os números dos elétricos podem superar os vistos pelos convencionais em breve.
Um estudo realizado pela consultoria EY mostrou que, a partir de 2045, os carros com motores de combustão interna deverão representar apenas 1% de todas as vendas globais de veículos. O grande marco dessa virada deve ocorrer em 2033, quando os elétricos se tornarão a maioria dos carros vendidos mundialmente. As grandes forças que puxarão essa virada são exatamente os três maiores mercados automotivos do mundo — e que lideram as exigências anti-poluição: Europa, EUA e China.
No Velho Continente, o estudo apontou que os elétricos se tornarão a maioria já em 2028. Já a China deverá ver tal virada em 2033. Tanto nos EUA como na Europa e na China, há uma série de incentivos para a compra de veículos elétricos. Eles vão desde desconto em impostos, créditos em tarifas, possibilidade de usar faixas exclusivas de ônibus, além de isenção de pedágios urbanos. Por enquanto, no Brasil, não há nada oficial nesse sentido que faça o carro elétrico ser mais atrativo.
Outro grande entrave dos elétricos — autonomia e tempo de recarga — está sendo resolvido gradualmente pelas montadoras com o avanço da tecnologia. Porém, sem nenhuma regulamentação específica até o momento, ninguém sabe ao certo quantos postos de recarga existem no Brasil. E esse é o grande problema a ser resolvido por aqui. A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) trabalha com um número de 350 postos de recarga no país, a maior parte concentrada em grandes centros.
Da CNN Brasil