Com falta de peças, montadoras suspendem contrato de funcionários
A indústria automobilística brasileira se prepara para um fim de ano de baixa produção e fábricas fechadas, numa sequência do cenário visto ao longo de 2021 e que poderá reduzir a expectativa dos resultados do setor. Até agora, a maioria das empresas adotou períodos de férias coletivas, antecipação de feriados e folgas aos funcionários para driblar a falta de componentes para a produção, em especial de semicondutores.
Para o fim de ano, contudo, a opção voltou a ser o lay-off (suspensão de contratos de trabalho), que permite períodos mais longos de dispensas. Também estão nos acordos com os funcionários programas de demissão voluntária (PDV) e redução de jornada e salários.
Dona da Fiat, a Stellantis vai colocar em lay-off 1,8 mil funcionários da unidade de Betim (MG) por três meses a partir de segunda-feira. Na fábrica mineira trabalham 13 mil pessoas e são produzidos seis veículos, entre os quais a Strada, o Argo e o Mobi, que estão entre os quatro modelos mais vendidos neste ano.
A Renault abriu um PDV para 250 funcionários da fábrica de São José dos Pinhais (PR) e vai colocar outros 300 em lay-off por dois anos. Na Volkswagen, a produção em São Bernardo do Campo (SP) está suspensa por dez dias a partir da última segunda-feira.
Do Diário da Região