De cara nova, Fiat quer voltar ao topo com mais valor

Marca renova identidade visual, foca em novos produtos e experiência de compra para reconquistar mercado

Não é mais “popular”, é “pop” – no sentido de ser não ser “pobre”, mas atual, moderno, conectado com as tendências –, assim como colorida, alegre, espontânea, democrática e ítalo-brasileira. São esses os principais adjetivos que a Fiat quer ver colados à sua imagem a partir de agora, com o programa de reposicionamento lançado na quarta-feira, 22, que após um ano de pesquisas e estudos faz uma espécie de campanha de relançamento da marca italiana no País.

A estratégia de marketing envolve nova identidade visual (já presente na recém-lançada nova Strada), novos produtos que vão aumentar o mercado potencial da fabricante, melhoria da experiência de compra em concessionárias repaginadas e linguagem de comunicação modernizada. Tudo com o objetivo de aumentar a percepção de valor da marca, para ganhar mais clientes e consequente crescimento das vendas.

Herlander Zola, diretor da marca Fiat e de operações comerciais, revela que a estratégia de reposicionamento começou a ser planejada há um ano, quando pesquisas mostraram que apesar da ampla safra de produtos lançada nos últimos três anos (pela ordem, Mobi, Toro, Argo e Cronos), os clientes não percebiam avanços da marca, o que reduzia seu valor. Com essa informação preocupante, a empresa contratou a agência especializada em posicionamento de marca de Ana Couto para reconstruir a reputação, baseada em três pilares: produtos, experiência do consumidor e comunicação.

O diretor afirma que o objetivo central não é retomar a liderança do mercado brasileiro, que a Fiat perdeu para a GM em 2016 após 12 anos no topo do ranking, mas ele admite que voltar a ser a marca de veículos mais vendida do País é uma consequência bastante desejada da estratégia adotada. O ponto central da estratégia é o lançamento dos dois primeiros SUVs da Fiat até o fim de 2021.

Do Automotive Business