Exploração Infantil
Ontem, o Brasil comemorou o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infantil. Poucos sabem, mas esta data foi escolhida em homenagem a uma menina chamada Araceli Crespo, de nove anos. No dia 18 de maio de 1973, ela foi levar um envelope para um grupo de rapazes, a pedido da mãe. Quando chegou ao local, foi espancada, estuprada e morta. O dia 18 de maio foi instituído por lei federal em 2000.
Coletar dados sobre abuso e exploração sexual infantil não é uma tarefa das mais fáceis. No caso do abuso sexual, ele não escolhe classe social: ocorre nas famílias mais pobres assim como nas mais abastadas. Em geral, os casos de abusos sexuais ocorrem dentro do próprio lar da criança e nem sempre a família denuncia o caso às autoridades.
Já a exploração infantil é mais comum nas classes menos favorecidas e acaba sendo um assunto mais discutido, mas nem por isso mais resolvido. Exemplo disso é o caso do turismo sexual infantil em Fortaleza, capital do Ceará. Por mais que a população brasileira esteja reagindo a este tipo de coisa, ainda há muita resistência por parte de pessoas que continuam aproveitando da situação, como alguns donos de hotéis que acham que o “movimento” do seu estabelecimento pode diminuir se o problema do turismo sexual for resolvido.
Há no Estatuto da Criança e do Adolescente um artigo que diz que “nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punindo na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”. É dever de todo brasileiro fazer valer este direito. Denunciar os casos de abuso e exploração já é um bom começo.
Subseções DIEESE do Sindicato e da CUT Nacional