FEM-CUT assina convenção coletiva com G2, Estamparia e Fundição
(Foto: Adonis Guerra)
A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, assina hoje as Convenções Coletivas de Trabalho, as CCTs, resultado da Campanha Salarial 2016 com três grupos. Pela manhã, às 10h, a assinatura será com o G2, à tarde, às 15h, com a Estamparia e às 15h30 com a Fundição. As assinaturas acontecem na sede da FEM-CUT, em São Bernardo.
Nas três bancadas os salários dos metalúrgicos serão reajustados pelo INPC, conforme índice de referência, aprovado no último dia 13, pelos trabalhadores durante assembleia realizada em Diadema.
O presidente da Federação, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, lembrou que ao longo dos três meses de negociação, a Campanha Salarial 2016 foi marcada pela insistência do setor patronal em retirar direitos. “É importante destacar que os trabalhadores romperam com a lógica que imperava no início da Campanha, em que os patrões apresentavam pautas propondo a retirada de direitos”, destacou.
“Nós mostramos que com unidade e mobilização não existe perda de direitos. Não só mantivemos o que já tínhamos como conquistamos alguns avanços”, reforçou.
AVANÇOS NAS CLÁUSULAS SOCIAIS
As negociações renderam, além do reajuste salarial, a manutenção de direitos e avanços nas cláusulas sociais. As regras para o Auxílio Creche foram melhoradas. Antes era necessário um número mínimo de trabalhadoras para a concessão do benefício, a partir dessa nova convenção, esse número mínimo inclui também trabalhadores, o que facilita o acesso ao auxílio.
O Auxílio Funeral foi desburocratizado com intuito de diminuir a preocupação financeira dos familiares. Os trabalhadores com deficiência também serão beneficiados por meio do preenchimento da cota com a adoção metodológica aplicada pela Associação Brasileira de Emprego Apoiado.
As novas convenções trazem avanços também para as mulheres com cláusulas que atentam para situações habituais. É o caso das trabalhadoras em situação de violência doméstica ou ainda garantia de emprego para as que sofrerem aborto.
“As cláusulas sociais propostas nesta Campanha têm muito em comum. Elas têm baixo impacto financeiro devido ao momento de crise que atravessamos e com características humanitárias”, apontou Luizão.
G3, G8 E G10
(Foto: Edu Guimarães)
(Foto: Edu Guimarães)
Na última semana, o grupo 8 rachou e três sindicatos patronais chegaram ao índice da inflação – equipamentos ferroviários e rodoviários, artefatos de metais não ferrosos e artefatos de ferro, metais e ferramentas em geral – respectivamente, Simefre, Siamfesp e Sinafer.
As propostas do G3 e dos demais sindicatos do G8 não foram aprovadas. O G10 não apresentou nenhum reajuste.
Da Redação