Grupo 3 vai aumentar contratação de mulheres
Convenção coletiva recomendará às empresas que tenham um mínimo de 30% de metalúrgicas. Negociações de campanha ainda prosseguem

Assembleia de mobilização na Toledo. Foto: Divulgação
Durante a negociação desta terça (30) com o grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos), os patrões sinalizaram positivamente para a reivindicação de aumentar a contratação do número de mulheres nas empresas.
A cláusula não será de obrigatoriedade, mas entrará na convenção como uma recomendação. “É uma semente que estamos plantando”, disse Andréa Ferreira de Souza, coordenadora da Secretaria da Mulher da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM) da CUT e diretora do nosso Sindicato.
Ela disse que o objetivo é num futuro próximo haver no mínimo 30% da força de trabalho feminina em cada empresa metalúrgica da base. A cota é um dos desafios apresentados no 2º Congresso das Mulheres Metalúrgicas, realizado ano passado.
Andréa acredita que, a partir da inserção dessa cláusula na convenção, alcançar a meta vai depender da organização dos trabalhadores. “Essa luta deverá ser mais intensa nas empresas com comitês sindicais”, comentou.
Não andou nada a negociação que a FEM fez nesta terça com o Grupo 2 (máquinas e eletroeletrônicos). A bancada patronal limitou-se a ouvir, novamente a exposição das reivindicações sociais, e só apresentará resposta na sexta-feira da semana que vem, depois da assembleia patronal.
Enquanto isso, os metalúrgicos pressionam por um desfecho para a campanha, como os companheiros na Toledo, de São Bernardo, fábrica do Grupo 2, que fizeram assembleia de mobilização pela manhã.
Da Redação