Inadimplência no financiamento de carros recua após 17 meses de alta
Após 17 meses de altas consecutivas, a inadimplência nos financiamentos de veículos para pessoa física registrou queda de 1 ponto percentual em junho, segundo a Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), fechando em 6%.
O saldo total das carteiras de financiamentos de veículos (CDC e Leasing) totalizou naquele mês R$ 202,7 bilhões. O valor foi 1,4% superior ao mês de maio, quando o saldo era de R$ 200 bilhões, e 4,3% maior que o de junho de 2011, quando foi de R$ 194,4 bilhões.
O saldo de crédito para aquisição de veículos por pessoas físicas seguiu, em junho, correspondendo a 4,7% do PIB nacional (estimado em R$ 4,280 trilhões) contra 4,9% no mesmo período do ano anterior e representando 29,5% do total do crédito destinado às pessoas físicas no Brasil.
A liberação de crédito durante o mês foi de R$ 8,514 milhões, o que representou um aumento de 11,7% no período de 30 dias e de 0,5% sobre o montante liberado em junho de 2011 (R$ 8.476 milhões) para aquisição de veículos financiados (CDC).
A taxa média de juros praticada pelas associadas ficou em 1,30% em junho, representando uma queda de 0,1 ponto percentual sobre maio, quando a taxa média tinha sido de 1,40%. A taxa praticada pelo mercado em junho também apresentou queda perante o mês anterior, passando de 1,77% para 1,58%.
Efeito IPI
Para os bancos das montadoras, os resultados refletiram o otimismo do mercado com a redução no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), determinada pelo governo no fim de maio. “O mercado retomou o otimismo e o fluxo de cliente nas concessionárias cresceu no período. Com isto, todo setor cresceu, inclusive as consultas a financiamentos e, também, o aumento de solicitações aprovadas”, explica Décio Carbonari, presidente da Anef.
O desconto no IPI valerá até o próximo dia 31, e o governo sinalizou que não vai prorrograr a medida.
Durante o 1º semestre de 2012 as compras de veículos foram realizadas com pagamento financiado (CDC) em 52% das vendas. O pagamento à vista ocorreu em 38% dos casos, o consórcio foi responsável por 7% das aquisições e o leasing representou apenas 3%, seguindo em queda. No setor de motocicletas, 41% das aquisições foram financiadas (CDC), 34% por consórcio e 25% dos pagamentos realizados à vista.
Do Auto Esporte / G1