Indignação e revolta na Prime Metals

Trabalhadores na Prime Metals aprovam continuar a luta

Os trabalhadores na Pri­me Metals, em Diade­ma, estão revoltados e indignados com a empresa, que anunciou o seu fechamento a cerca de um mês.

Os companheiros avisaram o Sindicato, que se reuniu por três vezes para tentar debater o problema da autopeças. “Os representantes da empresa confirmaram, verbalmente, a intenção de fechar, mas não nos notificaram oficialmente”, explicou Claudionor Vieira do Nascimento, coordenador de área.

Diante do impasse em en­contrar uma solução, a Prime Metals interrompeu o diálogo com o Sindicato, o que levou os trabalhadores a aprovarem em assembleia o aviso de greve.

Apesar do aviso, os repre­sentantes da autopeças não procuraram mais o Sindicato. “Os companheiros estão preo­cupados com a possibilidade das máquinas serem retiradas na calada da noite e da empresa dar o calote no pessoal”, disse Claudionor. “Por isso estão em greve, mas continuam dentro da fábrica, próximos aos ma­quinários”, afirmou.

Feijoada

Segundo Claudionor, desde a paralisação dos metalúrgicos, iniciada por volta das 16 horas de quarta, a empresa vem to­mando atitudes irresponsáveis e de provocação. “Eles jogaram toda a feijoada no lixo para não servir aos trabalhadores que jantariam na fábrica”, contou o dirigente.

Para ele, o pagamento dos direitos dos trabalhadores tem que estar garantido. “Estão tratando os companheiros da pior forma possível, sem assumir o compromisso social com a companheirada”, alertou.

“Mesmo assim estamos abertos ao diálogo com a Pri­me Metals para construirmos um acordo e tentar resolver essa situação”, concluiu Clau­dionor.

Da Redação