Lula e Dilma visitam trabalhadores na Mercedes-Benz

Durante ato, Dilma garantiu que seu governo terá valorização de salários e qualificação da educação como prioridades

 

Rossana Lana

A candidata a presidente da República Dilma Rousseff afirmou na manhã de ontem, 23,  na porta da Mercedes-Benz, em São Bernardo, que a sua presença ali era para reafirmar que, se eleita, “de manter o compromisso sagrado de defender os direitos dos trabalhadores”.

“Assim como o presidente Lula afirmou no início de seu primeiro mandato que  na condição de operário não poderia errar, eu também digo que, como mulher, também não posso errar, não vou errar, porque senão isso dificultaria depois a chegada de uma outra mulher ao cargo de presidente”.

 

Rossana Lana

O ato político foi breve e os discursos foram curtos para que Lula, Dilma, os candidatos ao governo do Estado, Aloizio Mercadante, ao Senado, Marta Suplicy, parlamentares e lideranças sindicais fossem para o portão da fábrica cumprimentar  os trabalhadores e trabalhadoras que iriam começar no primeiro turno.

Dilma garantiu que seu eventual governo terá como prioridades a valorização dos salários e a qualificação da educação. “Nosso governo vai valorizar o salário de uma forma geral, o que por muito tempo, antes de nós, não foi o centro das preocupações”, disse.

“Queremos oferecer oportunidades para as crianças e os jovens e, para isso, é importante melhorar e muito a educação, valorizar o trabalhador da educação, com salários melhores e acesso à formação acadêmica. Ele não vai ter qualidade se não for valorizado”, completou.

Lula disse que a proposta da visita era para Dilma receber a energia vinda da categoria metalúrgica.

“Dilma, pode ter certeza que esses companheiros e essas companheiras são os primeiros a ter dúvidas, são os primeiros a cobrar. Mas também são, com certeza, os primeiros a nos ajudar”.

Lula disse também que, depois de deixar a Presidência, estará à disposição para ajudar as demandas e as reivindicações dos trabalhadores chegarem à nova Presidência.

“O fato de o Lula lembrar que continuará seu papel de interlocutor da classe trabalhadora mesmo depois de terminar o mandato é muito positivo, em nossa opinião. Ao contrário do que um jornal disse outro dia, insinuando que isso significaria intromissão indevida. Ele é uma liderança inegável e o compromisso de não esquecer as origens é importante, disse Sergio Nobre, presidente do Sindicato.

São Paulo
Antes dela, o candidato ao Senado Aloizio Mercadante já havia discursado e batido forte na atual administração tucana. “Temos um governo em São Paulo que só faz poucas coisas boas para poucas pessoas”.

Marta, dirigindo-se a Dilma, disse que aquele momento tinha profundo significado político e histórico. “Não dava para você, Dilma, ser presidente do Brasil antes de vir aqui, neste local e nesta região onde se forjou a liderança de Lula, sem vir olhar nos olhos desse povo lutador”.

Da redação com CUT Nacional

 

Atualizado em 24-08-2010 às 08:14:34