Luta começa na redução da jornada

Há 120 anos, o 1º de Maio traz várias reivindicações e bandeiras de luta, sendo a mais conhecida a redução da  jornada de trabalho.

No dia 20 de julho de 1889,  391 delegados representando cerca de três milhões de trabalhadores se reuniram em Paris num congresso operário de tendência marxista, que ficou conhecido como o da fundação da Segunda Internacional.

Uma das propostas aprovadas por aclamação foi esta:

“Será organizada uma grande manifestação internacional com data fixa, de maneira que em todos os países e cidades, ao mesmo tempo, os trabalhadores imponham aos poderes públicos a redução legal da jornada de trabalho a oito horas e a aplicação das outras resoluções deste congresso”. Essa data é o 1º de Maio.

Ao longo dos anos, trabalhadores do mundo inteiro cruzaram os braços e realizaram atos de protesto pelo atendimento das suas reivindicações.

Acompanhe como foram os avanços dessa luta ao longo da história aqui no Brasil:

1919 – A Associação Comercial de São Paulo reconhece a jornada de oito horas, sem perdas salariais, e a semana de seis dias.

1925 – Instituídas férias de 15 dias anuais para empregados em estabelecimentos comerciais, industriais e bancários.

1926 – Promulgada lei regulando o trabalho do menor.

1931 – Instituída a estabilidade no emprego e o sistema de pensões e aposentadorias. A nova legislação trabalhista acaba com a pluraridade sindical.

1932 – Regulamentado o trabalho feminino. A jornada de trabalho fica limitada a oito horas diárias.

1933 – Bancários conquistam jornada de seis horas diárias.

1943 – A Consolidação das Leis do Trabalho institui salário mínimo, auxílio-natalidade, salário família, licença para gestante, descanso semanal remunerado e estabilidade no emprego depois de dez anos.

1946 – A Justiça do Trabalho recebe a atribuição de decidir se uma greve é legal ou não.

1946 – A Constituição nega a autonomia e a liberdade sindical.

1952 – Aprovada lei permitindo sindicatos se filiarem a organismos internacionais.

1962 – Instituído o 13º  salário.

1964 – O 13º salário é estendido aos funcionários públicos.

1966 – O governo cria o FGTS e acaba com a estabilidade no emprego.

1988 – Na Constituição, a jornada semanal passa de 48 horas para 44 horas.

1989 – Domésticas passam a ter os benefícios da CLT.