Mercedes-Benz: futuro desafiador para Brasil.
A Mercedes-Benz apresentou uma visão positiva com relação às perspectivas do mercado brasileiro de veículos pesados, baseada na estabilidade do mercado interno, impulsionada pelo crescimento contínuo da economia, agronegócio e investimentos na infraestrutura em preparação aos eventos Copa do Mundo e Olimpíadas.
Coube ao diretor de comunicação corporativa, Mário Laffitte, expor os planos da empresa para o mercado interno e situá-lo no cenário mundial a partir dos desafios que esperam pelo Brasil além de 2011 no Congresso AutoData – Perspectivas 2011 na terça-feira, 19.
“Projetamos fechar 2010 com um mercado de 160 mil caminhões e manter este patamar no ano que vem, com algumas variáveis, como a manutenção do PSI e talvez a pré-compra de produtos para Euro 5, que entra em vigor em 2012. Para o segmento de ônibus a expectativa é de 30 mil unidades, o mesmo volume para 2011.”
Os planos da empresa para manter o ritmo do mercado interno incluem sua reorganização no parque nacional de produção, anunciado anteriormente, com a retomada das atividades de sua fábrica de Juiz de Fora, MG. A planta manterá no local as linhas para a produção dos modelos Actros e Acelo.
“A unidade tem capacidade para até 50 mil caminhões. As projeções ficam em 15 mil unidades em 2011 para os dois modelos.”
Laffitte revela que para continuar no ritmo, o País precisa superar vários desafios ligados à gestão interna a partir de tendências globais.
“Há necessidade do Brasil aumentar os investimentos relacionados a PIB, que hoje estão em 17%, muito abaixo dos outros países do Bric, cuja média é de 40%, assim criaremos um ambiente atrativo para mantermos a competitividade global, além de melhorar a política do câmbio.”
Outro ponto para aumentar a competitividade brasileira é a escala de cooperação a partir de fusões globais.
“A tendência mundial é de fusões entre fabricantes e fornecedores para o desenvolvimento de sistemas integrados de soluções tecnológicas para toda a cadeia, desde a concepção do projeto até logística, o Brasil precisa acompanhar esta lógica.”
Exigências ambientais também foram apontadas pela Mercedes-Benz como um dos grandes desafios para a empresa no País, pois pressionam a área de tecnologia.
“É natural começarmos a pensar no Euro 6, mas é necessário pensar em soluções adequadas para o Brasil, em termos de regulamentação e níveis de emissões.”
Da Agência Autodata