Mobilidade como serviço tende a crescer no Brasil
Está difícil prever quando a produção mundial de semicondutores será regularizada. Antes se estimava que ao longo do próximo semestre havia a tendência de empresas especializadas no exterior começassem a regularizar seu fornecimento. Agora isso parece ter sido adiado para o primeiro trimestre de 2022. No caso do Brasil há quem veja dificuldades também ao longo do próximo ano.
Em nível mundial, a queda de produção em 2021 da indústria automobilística, sobre o que antes estava projetado, alcançará algo em torno de 5% ou cerca de quatro milhões de unidades perdidas. Isso não quer dizer que 2021 será pior que 2020, mas indica uma recuperação mais lenta. No Brasil, o crescimento das vendas em torno de 15% parece assegurado e da produção, 25%, basicamente para recompor estoques e cumprir compromissos de exportação.
Como cada fabricante aqui vai arbitrar o atendimento da procura por veículos, é um fato a observar. Entretanto, parece certo que a prioridade ficará com o varejo em detrimento das vendas por atacado a locadoras, frotistas e governos. O que pode acontecer mais adiante e como se darão as vendas futuramente foram objeto de um estudo divulgado na terça-feira, 15, pela consultoria internacional R/GA, com filial em São Paulo (SP).
Após pesquisas ao redor do mundo, que incluíram o Brasil, o relatório sobre Mobilidade como um Serviço (MaaS, em inglês) destacou que quase 60% dos brasileiros que utilizam algum tipo de serviço de mobilidade consideram deixar de ter veículos próprios e passariam a usar somente MaaS nos próximos dez anos. Em comparação aos dados globais, os consumidores brasileiros em geral têm 15% mais chances de substituir seu carro por MaaS na próxima década.
Do AutoPapo