“Mulheres vivem momento positivo no Brasil”

Integrante do Conselho Fiscal do Sindicato e do CSE na Volks, Michelle Silva Marques (foto), alerta que encarar o 8 de março como uma data apenas comemorativa é um erro.
“Para nós, militantes da causa, é uma data para lutarmos e mostrar que mais de cem após a criação do Dia Internacional da Mulher as pessoas do sexo feminino ainda sofrem”, afirma a dirigente.
Ela lembra que a discriminação vai desde a mutilação sexual na África até a luta que as rurais e as trabalhadoras domésticas brasileiras desenvolvem pela CUT.
“A eleição da presidenta Dilma e a ocupação de cargos no alto escalão do governo federal por mulheres que ela promove criou no País um momento favorável as reivindicações femininas”, analisa Michelle.
Precisamos aproveitar esta oportunidade para avançarmos para ocupar mais postos em todas as entidades onde existe a participação da mulher”, conclui.
Como surgiu o Dia Internacional da Mulher
No dia 8 de março de 1857, operárias de uma indústria de tecidos na cidade norte-americana de Nova Iorque fizeram uma grande greve.
Ocuparam a fábrica e reivindicaram melhores condições de trabalho – redução na carga diária para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas), equiparação salarial com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário masculino para fazer o mesmo serviço) e tratamento digno no ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas.
Coube a deputada socialista alemã Clara Zetkin oficializar a data, quando sua proposta de tornar o 8 de março Dia Internacional da Mulher foi aprovada em conferência realizada em 1910, na Dinamarca, pela Internacional Socialista – organização que reunia sindicatos de trabalhadores e partidos socialistas de todo o mundo.
Da Redação