Nissan encolherá oferta de sedãs no Japão para focar em SUVs
Modelos tradicionais como Fuga e Cima devem sair de linha
Consumidores de perfil mais conservador certamente sentirão a mudança, mas a Nissan parece estar decidida a encerrar o desenvolvimento de novos sedãs no Japão. De acordo com a imprensa local, os principais fornecedores já foram comunicados e estão cientes dos novos planos da empresa. A ação faz parte da estratégia anunciada em maio de 2020, que prevê redução de 20% do portfólio atual até 2024.
Levando a mudança no perfil de consumo de muitos mercados, os sedãs foram os principais afetados. No Japão, especificamente, o novo posicionamento atinge os modelos Fuga e Cima, que certamente não terão novas gerações (pelo menos não com o logotipo da Nissan, já que são originalmente modelos produzidos pela Infiniti). O mesmo vale para o Sylphy (Sentra), que saiu de linha no mercado japonês em 2020.
O fim do Skyline também chegou a ser citado pela mídia, mas o vice-presidente Asako Hoshino garantiu que o modelo seguirá vivo. Diante do encolhimento do segmento, a Nissan concentrará investimentos em duas outras categorias: veículos elétricos e SUVs. Não por acaso, a fábrica de Tochigi, que por anos foi responsável pela produção de sedãs, será profundamente modernizada para produzir elétricos, incluindo o modelo Ariya.
A mudança no Japão, vale lembrar, não significa o fim dos sedãs em outros mercados. Na China, por exemplo, o segmento segue firme e forte e a Nissan tem ampla participação com os modelos Sylphy, Lannia e Teana. No mundo todo em 2020, a marca vendeu um total de 950 mil sedãs. No Brasil, a marca é representada na categoria pelos compactos Versa e V-Drive. O Sentra saiu de linha e aguarda a chegada da nova geração.
Do Motor1