No Sindicato, presidente da Anfavea elogia Brasil Maior

Sérgio Nobre, presidente do Sindicato, em pé, e Cledovirno Belini, presidente da Anfavea, ao lado, à esquerda.
Foto: Rossana Lana / SMABC
Em debate com os metalúrgicos do ABC, nesta quarta-feira (28), na Sede, o presidente da Anfavea, a associação das montadoras, Cledorvino Belini, afirmou que o Plano Brasil Maior – a política industrial do governo federal – protege os produtos nacionais e os empregos no setor automotivo.
O dirigente foi mais um dos convidados a participar do ciclo promovido pelo Sindicato com trabalhadores e representantes da indústria automobilística para discutir o futuro do setor.
O encontro foi precedido de outras reuniões, como a acontecida na Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) da CUT, onde a Fundação Vanzolini apresentou suas sugestões para a indústria automotiva.
Belini lembrou que os Estados Unidos e a Europa deixaram de ser atrativos para os países exportadores de veículos desde que ficaram atolados em suas crises econômicas.
Nesse momento as empresas exportadoras começaram a enxergar o grande mercado interno brasileiro como o local ideal para suas vendas. E o País, na opinião de Belini, possui dois pontos fracos que facilitaram as importações.
“Nossos problemas não são os custos de produção. São o câmbio (real supervalorizado) e a falta de competitividade das empresas nacionais, que trabalham com tecnologia defasada”, afirmou.
Quando as importações ameaçavam chegar a um milhão de veículos, o governo federal baixou o Plano Brasil Maior, elogiado pelo dirigente.
“Seu objetivo é atrair investimentos para o País, dentro de uma lógica que está em lei. Quem pretende se instalar no Brasil deve ter um forte índice de nacionalização, um processo de pesquisa e desenvolvimento e tecnologia para se habilitar ao IPI menor”, disse Belini.
Ele acredita que as indústrias de veículos instaladas no Brasil que mais investirem em pesquisa e desenvolvimento terão mais futuro.
“São elas que terão produtos mais competitivos, com novos desenhos e aumentarão nossa competitividade e escala de produção para voltarmos a exportar, como acontecia em 2005, quando vendíamos 35% de nossa produção para o exterior”, concluiu.
*Corrigido em 6/10
Da Redação