O Brasil é outro país. Melhor!
Renda cresce pela primeira vez desde 1996.
Desigualdade é a menor em 25 anos.
Aumenta número de ocupados.
Melhora a educação e cai trabalho infantil.
Pesquisa do IBGE mostra que no ano passado melhorou a qualidade de vida, o trabalho e a renda aumentaram, a escolaridade subiu e o analfabetismo caiu.
Renda cresce pela 1ª vez desde 1996
Depois de uma década de perdas salariais seguidas, a renda do trabalhador brasileiro cresceu 4,6% em 2005. Trata-se da primeira expansão desde 1996.
Essa é uma das principais conclusões da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios) realizada no ano passado pelo IBGE e divulgada na semana passada.
Apenas como base de comparação, o mesmo levantamento aponta que durante o segundo mandato de FHC o rendimento dos trabalhadores teve uma queda média de 2,71% em cada um dos quatro anos de mandato do ex-presidente.
Segundo o economista Marcelo de Ávila, do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), os dados indicam que a Pnad de 2006 deve mostrar novo crescimento da renda.
Principalmente devido ao crescimento dos trabalhadores com carteira assinada e do salário mínimo.
A pesquisa apontou outros dados favoráveis em 2005. Entre eles, a melhora do índice Gini, que mede a qualidade de vida; o crescimento do nível de ocupação, que teve o melhor percentual também desde 1996; a diminuição do número de crianças fora da escola; a queda no analfabetismo; e menos crianças trabalhando.
O que é a Pnad
A Pnad é a mais importante pesquisa anual do IBGE. Em tamanho, sua mostra só não é superior a do Censo Demográfico, que é realizado a cada dez anos.
Além de pesquisar dados de trabalho e renda em todo o País, o levantamento traz ainda informações sobre indicadores sociais como educação ou acesso a bens e serviços. Só no ano passado, foram entrevistadas 408 mil pessoas.
Isso permite que a pesquisa tenha uma margem de erro muito menor que as das pesquisas de opinião.
Desigualdade é a menor em 25 anos
De acordo com análises dos técnicos do IBGE, em 2005 o rendimento médio dos domicílios chegou a R$ 1.536,00 contra R$ 1.462,00 em 2004. Os principais responsáveis pelo aumento foram o crescimento acentuado do emprego com carteira assinada, aposentadorias, pensões e programas de transferência de renda.
Entre os mais pobres, a renda subiu devido ao aumento de 9,9% do salário mínimo em termos reais (isto é, descontada a inflação).
No total, a renda das pessoas mais pobres cresceu 14,8%.
A Pnad confirmou a tendência de redução da desigualdade verificada nos últimos três anos. Este comportamento é mostrado pelo índice Gini, que varia de 0 a 1. Quanto menor ele for, maior a qualidade de vida. E a pesquisa mostrou recuo de 0,547 para 0,544 no índice, o mais baixo desde 1981.
Outro bom resultado foi alcançado pelo bem-estar social, que é a combinação da renda per capita domiciliar e da desigualdade. O índice subiu 7,6% em 2005 contra uma expansão de 5,9% em 2004. “A desigualdade está diminuindo de forma contínua”, avaliou Vandeli Guerra, do IBGE.
Aumenta número de ocupados
A quantidade de pessoas trabalhando no País cresceu 2,9% em 2005, o equivalente a mais de 2,5 milhões de novos postos de trabalho. É o segundo ano seguido que esse índice cresce.
Mais uma vez, o indicador aumentou devido aos empregos formais. Os trabalhadores com carteira assinada cresceram 5,3%, refletindo positivamente também na arrecadação da Previdência.
A melhora no mercado de trabalho, no entanto, acabou se traduzindo em aumento da taxa de desemprego.
Isto ocorre porque, quando há expansão na geração de vagas, aumenta o número de pessoas em busca de emprego.
Cresce educação e cai trabalho de crianças
Lula herdou de FHC, em 2002, uma taxa de 11,8% de analfabetos com