País é parte da globalização da jovem montadora

O Brasil e a América Latina fazem parte do projeto de expansão global da fabricante de veículos chinesa Great Wall

O Brasil e a América Latina fazem parte do projeto de expansão global da fabricante de veículos chinesa Great Wall. O nome do executivo que virá da China para presidir a operação na região será anunciado nos próximos dias. Mas alguns técnicos da área de engenharia e de planejamento já estão em Iracemápolis, onde a companhia planeja começar a produzir veículos entre o fim deste ano e o início do próximo.

Para ajudá-los nas pesquisas de regiões e negociações para instalar a fábrica no país, os chineses escalaram um brasileiro. Descendente de japoneses, o administrador Anderson Suzuki está na companhia desde novembro e este ano assumiu o cargo de diretor de estratégia e planejamento de produto da Great Wall na América Latina.

Aos 46 anos, ele tem passagens por Renault, Nissan e Toyota, onde atuava na área de comunicação e relações governamentais. Suzuki auxiliou a Great Wall na decisão entre construir uma fábrica nova ou comprar uma já pronta. Uma estrutura com linha de montagem ativa acelera o projeto chinês. Mas a operação da Great Wall, segundo o executivo, terá uma quantidade de processos maior do que tinha a Mercedes.

Além disso, enquanto a produção de carros de luxo da montadora alemã destinava-se ao mercado doméstico, a chinesa planeja exportar, principalmente para a América Latina. O plano é, com investimento do equivalente a R$ 4 bilhões (que inclui o que foi gasto na compra das instalações) atingir, nesse prazo, capacidade de produção de 100 mil veículos por ano. Será, portanto, uma fábrica de porte médio para os padrões brasileiros.

Do Valor Econômico