Patrões têm dinheiro para o reajuste!

Dados divulgados nesta terça-feira (3) pelo IBGE mostram que as medidas de estímulo à produção concedidas pelo governo federal surtiram efeito, principalmente na indústria automotiva.

Segundo André Macedo, economista do órgão, graças a estes benefícios fiscais a fabricação de veículos cresceu 3,3% em agosto, 1,6% em julho e 4,2% em junho. Nesse período, o setor acumulou uma alta de 9,3%.

“Isto mostra que os patrões estão com dinheiro para pagar os reajustes que os metalúrgicos reivindicam na Campanha Salarial 2012”,  observou o secretário-geral do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão.

Segundo Macedo, redução de IPI, queda de juros, desoneração da folha de pagamentos, aumento do dólar e outras medidas governamentais alavancaram as vendas e, consequentemente, impulsionaram a produção de bens duráveis, principalmente veículos.

Ainda de acordo com o economista, com a retomada nos meses recentes, a produção de bens duráveis deixou para trás 11 meses seguidos de queda na comparação com o mesmo período do ano anterior e cresceu 0,1% em agosto na comparação com o agosto de 2011.

“Ninguém dúvida de números do IBGE”, destacou Wagnão.  “E esses números mostram que todos os setores que negociam com a categoria estão faturando, pois fazem parte da indústria automobilística”, afirmou.

Assim, os grupos 2, 3, 8, 10 e a Estamparia também teriam condições de pagar o reajuste de 8% reivindicado pela categoria e já foi pago pelo setor de Fundição e as Montadoras.

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Recuperação é consistente
O resultado geral da pesquisa do IBGE mostra que a produção da indústria cresceu 1,5% em agosto na comparação com julho.  É o terceiro resultado positivo seguido nesse indicador e a maior expansão desde maio de 2011 (1,6%). Em julho, a alta havia sido de 0,5%.

Nesses três meses de crescimento, a indústria acumula alta de 2,3% e zera as perdas registradas no período de março a maio, segundo o IBGE.

Outra boa notícia é que de julho para agosto a produção da indústria cresceu de modo generalizado, com alta em 20 dos 27 setores pesquisados.

Wagnão destacou que o reajuste reivindicado pela categoria será pago pelas empresas nos próximos meses. Portanto, incidirá nos pagamentos feitos no período em que o setor já estará faturando com o novo momento de crescimento econômico detectado pelo IBGE.

Empresas como a WEG, do Grupo 2, que está paralisada, foram beneficiadas com medidas do governo federal.
Foto: Paulo de Souza / SMABC

Onde pode ter greve se não chegar aos 8%
ABR
Apic
B. Grob
Elismol
F. Johnson
Fascitec
Gerdal
JMB Zeppelin
Max Precision
Masipack
MTE Thomson
Papaiz
Samber
Schuller
Serra Brasil
Sodramar
Soma
Spraying Systems
SPX
TM Bevo
TRC Comp.
Turotest
Udinese
Ugimag
Weg
Zemma Zselics

Da Redação