Polícia Federal: Mais 30 presos no Amazonas

Quadrilha especializada em fraudar licitações de alimentos foi presa na última sexta-feira no Amazonas na Operação Saúva, desencadeada pela Polícia Federal. A quadrilha movimentou irregularmente R$ 354 milhões em seis anos. Foi a segunda quadrilha presa na região Amazônica em menos de uma semana. O desmantelamento de quadrilhas como essas se deve aos investimentos no combate à corrupção.

Nem a merenda escolar escapa

Trinta pessoas entre empresários e militares foram presas na última sexta-feira no Amazonas durante a Operação Saúva, desencadeada pela Polícia Federal (PF). Eles  fraudavam licitações em órgãos municipais, estaduais e federais.

A organização recebia informações antecipada de licitações de alimentos para órgãos públicos e unidades das forças armadas.

Com essas informações conseguiam fraudar licitações para merenda escolar e refeições para militares e a população ribeirinha, superfaturando os preços.

Em seis anos, a PF descobriu que  foram movimentados irregularmente R$ 354 milhões. Todas as licitações checadas pela Polícia Federal estavam fraudadas.

Dominó – Foi a segunda quadrilha presa na região Amazônica em menos de uma semana. Em Rondônia, a Operação Dominó revelou quadrilha formada por 23 pessoas, muitas delas figurões do poder público.

Foram mais de R$ 70 milhões que eles desviaram dos cofres públicos. Entre os presos estão o presidente do Tribunal de Justiça, o presidente da Assembléia Legislativa, um ex-procurador geral da Justiça e o ex-chefe da Casa Civil do governo estadual. Também estão implicados 23 dos 24 deputados estaduais e o procurador-geral de Justiça daquele Estado.

A quadrilha superfaturava obras e desviava dinheiro por meio de uma folha salarial falsa. A Assembléia também aprovava aumento salarial e mordomias aos magistrados, procuradores e promotores. Em troca, o Judiciário, o Tribunal de Contas e a Procuradoria davam cobertura aos crimes e trancavam processos.

Nunca se prendeu tanta gente

O desmantelamento de quadrilhas como essas do Amazonas, de Rondônia e a dos sanguessugas só está sendo possível graças aos investimentos do governo federal no combate à corrupção.

Somente no ano passado o governo investiu R$ 1,1 bilhão na aquisição de equipamentos, entre eles 2.458 viaturas que foram repassadas aos estados, modernização e na valorização profissional.

O orçamento da Polícia Federal cresceu 74%, a Controladoria Geral da União (CGU) contratou mais 1.200 funcionários e a Força Nacional de Segurança foi criada com mais de 7 mil policiais.

A CGU, que investiga o destino das verbas federais nas cidades, realizou mais de 7.500 auditorias e encaminhou mais de 3.000 processos.

Nunca a Polícia Federal prendeu tanto. No ano passado foram 62 operações e em apenas 12 delas foram apuradas fraudes que atingem R$ 67 bilhões.