Quase 1/3 dos consumidores desconhece serviço de carro por assinatura

É o que mostra a pesquisa SAE Mobilidade – Edição 2021, que prevê mudanças radicais no setor nos próximos dez anos

A pesquisa SAE Mobilidade – Edição 2021, que ouviu executivos do setor e consumidores para avaliar as expectativas e tendências da indústria no País, foi divulgada na terça-feira, 14, em evento online que teve a participação de Ricardo Bacellar, sócio líder para a indústria automotiva da KPMG Brasil, consultoria responsável pelas entrevistas e consolidação dos dados.

Realizada de dois em dois anos, a pesquisa evidenciou as mudanças em curso e as tendências setoriais a partir da eclosão da Covid-19 no Brasil e no mundo. Já no início da sua apresentação, Bacellar destacou que a pandemia acelerou investimentos em tecnologia, com foco, principalmente, em redução de custos, transformações digitais e eficiência energética.

Também fez surgir um novo segmento de atuação por parte das montadoras, o de carros por assinatura, inexistente em 2019. Com relação a esse tema, 53,5% dos consumidores entrevistados admitiram que poderiam pensar em aderir a esse tipo de serviço, enquanto 16,8% garantiram não ter o menor interesse em programas do gênero. Os demais 29,7% simplesmente responderam que desconhecem esse tipo de oferta (de assinatura de carro) no mercado brasileiro.

De acordo com o sócio da KPMG, o atual modelo de negócio da indústria automotiva, baseado puramente em produzir e vender, vai mudar radicalmente no Brasil nos próximos dez anos. “As montadoras passarão a gerir mais receita a partir da prestação de serviços do que da venda de veículos”, comentou o consultor, ressaltando ainda que a maioria dos entrevistados acham imperativo, nesse novo contexto, repensar o papel da rede de concessionárias, assim como acreditam no aumento das vendas diretas ao longo da década.

Do AutoIndústria