Sindicato cria Coletivo de Políticas Industriais
Fotos: Adonis Guerra
Os integrantes do Coletivo de Políticas Industriais do Sindicato visitaram, no dia 28 de março, a nova linha de caminhões da Mercedes, em São Bernardo, uma das primeiras de veículos pesados construída com os conceitos da Indústria 4.0.
“Entender as novas modalidades e tecnologias é fundamental para que os trabalhadores possam se apropriar dos temas da Indústria 4.0, saber o que está acontecendo e trazer o debate para dentro do Sindicato”, explicou o diretor executivo dos Metalúrgicos do ABC, responsável por políticas industriais, Wellington Messias Damasceno.
O Coletivo é formado por dirigentes da base com a tarefa de pensar e propor ações para fortalecer a indústria.
“O foco do Coletivo, criado no atual mandato, é estruturar as políticas voltadas para a indústria como um todo, discutir os desafios e propor ações de maneira concentrada. A ideia é que seja aberto aos trabalhadores”, afirmou.
Na Mercedes, os integrantes do Coletivo conheceram o sistema conectado entre a produção, fornecedores e vendas (confira mais na Coluna do Dieese). A linha comporta a montagem de diferentes modelos. Já estão em produção o Atron, o Atego e o Accelo.
Os investimentos de R$ 500 milhões, integram o acordo de futuro negociado pelo Sindicato em 2014.
“O acordo foi construído com muita luta e unidade dos trabalhadores para mudar uma decisão já tomada pela direção na Alemanha e garantir a produção de caminhões em São Bernardo. Passamos por problemas conjunturais, demissões e ameaça de fechamento da fábrica”, lembrou o coordenador do CSE, Ângelo Máximo de Oliveira Pinho, o Max.
“A nova linha mostra a importância do acordo, com o retorno do Accelo e a vinda do Actros, que também será fabricado aqui, além dos investimentos que serão feitos até 2019”, afirmou.
O CSE na Mercedes, Kleber Ferreira Nunes, ressaltou que a representação realiza o monitoramento da implantação da linha. “Existem funções que não vão mais existir com o avanço da tecnologia. Temos que acompanhar esse movimento para minimizar os impactos na vida dos trabalhadores”, defendeu.
“Os trabalhadores têm que conhecer o que é a Indústria 4.0 para ter condições de discutir e negociar sua implantação nas empresas. O Coletivo é um esforço do Sindicato devido à preocupação com os empregos e o futuro da indústria”, explicou a CSE na montadora, Cristina Aparecida Neves, a Cris.
Da Redação.