Sindicato entrega equipamentos para nove rádios comunitárias


Antonio Eustáquio da Silva, o Tonhão, da Rádio da Associação Cultural e Comunitária Paraty, recebe equipamento dos diretores do Sindicato.
Foto: Rossana Lana / SMABC

Na noite desta terça-feira (6), o Sindicato entregou simbolicamente os equipamentos de nove rádios comunitárias em São Bernardo às associações que responderão pelas novas emissoras. Duas delas começarão a transmitir definitivamente na próxima semana.

“Todas contam com nosso apoio para operar”, afirmou Valter Sanches, diretor de Comunicação do Sindicato. “A doação dos equipamentos é mais um investimento na luta pela democratização dos meios de comunicação”, prosseguiu.

As rádios comunitárias são instrumentos de informação cada vez mais importantes e de manifestação de parcelas da população sem espaço nos grandes grupos de comunicação.

No ABC essa situação é ainda mais grave porque a região vive à sombra da Capital e acaba consumindo uma produção radiofônica que não é sua.

“A partir das rádios, as comunidades terão o direito de fazer comunicação e de receber informação da região onde vivem”, explica Zé Mourão, diretor do Sindicato que acompanha a implantação e o desenvolvimento dessas rádios.

Segundo ele, além da doação dos equipamentos – transmissores, antenas, microfones, etc. –, o Sindicato apoiou na conquista das concessões (autorização de funcionamento das rádios) junto ao Ministério das Comunicações e treinará radialistas voluntários.

Neste sábado acontece a primeira oficina de radialismo a cargo dos profissionais da Rádio Brasil Atual, que também oferecerá conteúdo jornalístico para as emissoras. 

Emissoras atingirão 80% da cidade
Pela lei, uma rádio comunitária não pode transmitir num raio superior a um quilômetro. Obedecendo a determinação, as nove emissoras apoiadas pelo Sindicato vão chegar a 80% da população de São Bernardo, segundo Zé Mourão.

A de Riacho Grande e do Jardim Represa já transmitem em caráter experimental, as duas na frequência de 87,5 MHz em FM. Outras três iniciam as operações até o final do ano e quatro estão no final do processo de concessão.   

Da Redação