Sindicato pressiona e MDIC promete apoio à proteção ao emprego
Em reunião mantida na sede do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o MDIC, em Brasília, o diretor executivo do Sindicato, José Roberto Nogueira, o Bigodinho, foi enfático ao informar a secretária da Pasta, Heloísa Menezes, sobre a atual situação do setor automotivo no ABC.
“Disse a ela que precisamos criar uma série de mecanismos ainda no primeiro semestre para amenizar o impacto sobre os trabalhadores das oscilações na produção de caminhões e venda de veículos”, contou Bigodinho após o encontro.
Como resposta, o dirigente ouviu que o MDIC continuará apoiando o debate sobre o sistema de proteção ao emprego e demais reivindicações apresentadas. Tanto que o Ministério já encaminhou a questão à Secretaria Geral da Presidência da República.
“Temos de criar uma série de medidas para serem adotadas em eventuais situações de crise. O Sindicato está disposto a continuar negociando e pressionando para uma solução o quanto antes”, avisou Bigodinho.
“Há outras iniciativas que podem ser adotas, como, por exemplo, a Caixa Econômica Federal atuar também no sistema de financiamento”, disse Bigodinho.
Denúncia
Durante a reunião, Bigodinho denunciou a possível existência de fraude de produtos importados ou com problemas de dumping – situação em que empresas compradoras combinam entre si derrubar os preços para prejudicar produtores.
“Com a denúncia, o MDIC solicitou detalhamento do caso para procurar uma solução o mais rápido possível. Inclusive, com a ação da Receita Federal”, contou Bigodinho.
“Estas ir regularidades envolveriam principalmente peças e componentes para o setor de ferramentaria e autopeças”, revelou o dirigente.
“Os produtos estão chegando com um preço muito baixo ao mercado nacional e precisamos saber por que este valor está inferior até o da matéria-prima”, afirmou.
O acordo sobre os veículos híbridos e elétricos também esteve em pauta durante a reunião com a secretária do MDIC, que deu sinal verde para a questão, mas ainda sem prazo definido para acontecer.
Entenda melhor a situação atual do setor automotivo
• Algumas das causas que têm provocado oscilações no setor são as restrições ao crédito.
• A entrada na produção dos sistemas de segurança com Airbags, ABS e o fim do desconto do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) também contribuíram para o aumento dos preços.
• A discussão é que esta alta seja ou por conta dos itens de segurança ou por manobra das próprias montadoras para elevar o preço dos carros no País.
• Há poucos lançamentos no primeiro semestre e a única novidade, até o momento em 2014, por exemplo, é o Up!, da Volkswagen, em março. Os demais lançamentos devem acontecer no segundo semestre ou só ano que vem, após a Copa do Mundo no Brasil e o Salão do Automóvel.
Da Redação