STF decide acabar com a desaposentação

(José Cruz/ STF)

O Supremo Tribunal Fe­deral, o STF, decidiu acabar com a desaposentação no último dia 27 de outubro. Por sete votos a quatro, os mi­nistros votaram pelo fim da possibilidade do aposentado pedir a revisão do benefício por ter voltado a trabalhar e a contribuir para a Previdência Social.

Mais de 180 mil processos estavam parados no Brasil para aguardar a decisão do STF. Antes houve casos de segurados que ganharam ações individuais na justiça para obter a revisão da apo­sentadoria.

“É mais um golpe contra os trabalhadores em um ambiente de insegurança jurídica que o País vive com sucessivas retiradas de direi­tos da classe trabalhadora”, destacou o secretário-geral do Sindicato, Wagner Santa­na, o Wagnão.

“Além disso, o Supremo dei­xou dúvidas em aberto sobre os casos de quem conseguiu o recálculo da aposentadoria. O governo também ameaça pedir o ressarcimento dos que já conseguiram a desapo­sentadoria”, ressaltou.

Dúvidas ou esclarecimen­to sobre o conteúdo, poderão ser feitos pelo STF após a publicação do texto final da decisão, o acórdão.

A Advocacia Geral da União, AGU, estimou que as despesas subiriam R$ 7,7 bilhões por ano se a desapo­sentação fosse aprovada. O presidente ilegítimo, Michel Temer, avaliou a decisão fa­vorável ao governo.

Hoje os metalúrgicos do ABC, junto a outras catego­rias na base da CUT, estarão em Brasília para protestar contra a ação que pede a ter­ceirização nas atividades-fim e será julgada no STF.

No último dia 14, o ministro Gilmar Mendes suspendeu, por meio de liminar, a regra ou princípio da ultrativida­de, prevista na Súmula nº 277 do TST, a qual reconhece que cláusulas coletivas inte­gram os contratos de traba­lho mesmo após o término de sua vigência, até que novo acordo coletivo venha a ser assinado.

Da Redação