Suplicy quer ampliação de programas de renda

Senador defendeu a criação da renda básica da cidadania, destinada às famílias que não conseguem manter sustento.

O senador Eduardo Suplicy defendeu o aprimoramento das políticas de transferência de renda para que toda família tenha condições de garantir os direitos básicos de cidadania.

Ele lembrou que esses programas estão sendo responsáveis pela redução das desigualdades sociais no Brasil. 

“É a primeira vez que o IBGE faz essa constatação nos últimos 40 anos, desde que passou a medir os índices sociais”, disse o senador.

Os programas de distribuição de renda foram reunidos no Bolsa Família, que atualmente atende 8,7 milhões de famílias.

Tem direito toda família com renda mensal até R$ 100,00 e que os filhos até 16 anos estejam na escola.

Nessas condições, a família recebe R$ 50,00 mensais, mais R$ 15,00 por filho estudando.

“O programa é ainda modesto em valores, mas significa muito para quem tem pouco ou nada”, comentou.

Renda da cidadania

Suplicy defendeu a criação da renda básica de cidadania, destinada a toda família sem condições de garantir seus direitos básicos, como forma de avançar na luta pela redução das desigualdades sociais.

“Vejo o Bolsa Família como a primeira etapa de um programa maior”, disse ele, alegando que é fundamental assegurar a todos o direito de receber dinheiro suficiente para atender às necessidades vitais.

Ele comentou que os programas de distribuição de renda também ajudam a reduzir a violência.

“Se a pessoa tem dinheiro para as necessidades básicas ela vai recusar as ofertas de trabalho semi-escravo ou do tráfico de drogas”, explicou.

No Alasca, programa é dos mais avançados

O senador disse que cada vez mais os países desenvolvem programas de transferência de renda.

Ele citou o caso do Alasca, que em 1976 criou um fundo, formado por metade do imposto arrecadado com os recursos naturais, basicamente extração de petróleo.

No Alasca, toda pessoa que mora no País há mais de um ano recebe mil dólares anuais como forma dela se beneficiar da riqueza da nação.

Suplicy comentou que essa política de distribuição de renda universal, válida para todos, reduz as desigualdades sociais.

No Alasca, nos últimos dez anos, a renda dos mais pobres cresceu 28% e a renda dos mais ricos subiu 7%.