Todos às ruas amanhã em defesa da pauta da classe trabalhadora

Os Metalúrgicos do ABC e todos os trabalhadores voltam às ruas amanhã para pressionar o governo a colocar na agenda política a pauta da classe trabalhadora e co­brar avanços. Em São Paulo, a mobilização acontece na Av. Paulista, às 16h, em frente ao prédio da Petrobras. Outros 21 Estados e o Distrito Federal também confirmaram os locais de manifestação em suas capitais – saiba onde em http://goo.gl/bzG5g1.

O ato da CUT e demais centrais não são contra nem a favor do governo, afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas, embora a Central não vá aceitar qualquer tipo de retrocesso do ponto de vista político.

“Ao mesmo tempo em que defendemos a normalidade democrática, não aceitamos perda de direitos”, declarou o dirigente, criticando quem fala, por exemplo, em impeachment. “É a intolerância dos derro­tados”, concluiu Vagner.

Confira a pauta de luta dos trabalhadores.

Esta luta é nossa e não aceitaremos retrocesso!

Programa Nacional de Proteção ao Emprego

O PPE é similar ao sistema adotado pela Alemanha desde o fim dos anos 1950. Ele prevê que em tempos de crise os tra­balhadores pos­sam ter redução de carga horária sem serem demi­tidos e continuem vinculados à empresa, recebendo seus salários. Pelo modelo, a jornada de trabalho seria reduzida e o governo arcaria com o valor equivalente às horas reduzidas. A diferença seria bancada pelas empresas. Os percentuais que ca­berão a cada parte ainda estão sen­do analisados e a parcela do governo viria do FAT, o Fundo de Amparo ao Trabalhador, com a reacomodação do seguro-desemprego.

Defender os Direitos da Classe Trabalhadora

As MPs 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença são ataques a direitos conquistados pela classe trabalhadora.

Se o governo quer combater fraudes, deve aprimorar a fiscalização; se quer combater a alta taxa de rotatividade, que taxe as empresas onde os índices de demissão imotivada são mais altos do que as empresas do setor; e que ratifique a Convenção 158 da OIT.

Lutaremos também contra o PL 4330, que libera a tercei­rização ilimitada às empresas, aumentando o subemprego, reduzindo os salários e colocando em risco a vida dos tra­balhadores.

Defender a Petrobras

Defender a Petrobras é defender a empresa que mais investe no Brasil – mais de R$ 300 milhões por dia – e re­presenta 13% do PIB Nacional. É proteger mais e melhores empregos e avanços tecnológicos.

É defender uma nação mais justa e igualitária, com um projeto de desenvolvimento do Brasil, com mais investimentos em saúde, educação, geração de empregos, investimentos em tecnologia e formação profissional.

Defender a Petrobras vai a favor da punição de funcionários de alto escalão envolvidos em atos de corrupção. Exigimos que todos os denunciados sejam investigados e, comprovados os crimes, sejam punidos com os rigores da lei.

Programa Nacional de Renovação da Frota de Caminhões

O Programa prevê retirar de circulação caminhões com mais de 30 anos, reduzindo a idade gradativamente em dez anos, com a reciclagem de aproximadamente 30 mil veí­culos ao ano. A primeira etapa do programa será destinada à modernização da frota de caminhões. Os caminhões antigos representam 7% da frota – cerca de 200 mil veículos. Além de emitir menos poluentes, os caminhões novos também consomem 10% menos diesel em comparação com os antigos que consomem 28% a mais de óleo diesel em distâncias de até 800 km e 35% acima de 6 mil km.

Destravamento do Crédito para Consumo

A proposta amplia a liberação de crédito, principalmente para aquisição de veículos. Os benefícios são a manutenção das medidas de incentivo ao crédito, criadas pelo governo federal no último período; a ampliação das liberações de compulsórios vinculados à disponibilização de crédito para compra de veícu­los; criação de incentivos a diferentes modalidades de crédito automotivo, tais como consórcio, leasing, consignado automotivo, entre outros.

Defender a Democracia

Defender a Reforma Política

Fomos às ruas para acabar com a ditadura militar e conquistar a rede­mocratização do País. Democracia pressupõe direito e respeito às de­cisões do povo, em especial as dos resultados eleitorais.

Para combater a corrupção, temos de fazer a Reforma Política e acabar com o financiamento empre­sarial das campanhas eleitorais. A democracia deve representar o povo.

No dia 13 de março, as bases mobilizadas devem mostrar a força dos movimentos sindical e social. Só assim colocaremos o Brasil na rota de crescimento econômico com inclusão social, ampliação de direitos e aprofundamento de nossa democracia.

Da Redação