Toyota dribla gargalos e não enxerga novas paradas no horizonte
Após aderir ao feriadão estadual, interrompendo a produção nesse período no Estado de São Paulo, a Toyota não pretende paralisar suas fábricas daqui em diante, principalmente por causa de gargalos como a escassez de semicondutores e outros componentes essenciais nas linhas de montagem, contou Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil.
“Apenas a pandemia é o fator imponderável que poderá alterar os planos. Temos dado prioridade à saúde de nossos funcionários e, mesmo com esses protocolos, a produção continua rodando. No curto prazo não temos projeções de paradas por falta de peças.” Chang conta que os métodos orientais de planejamento e uma relação sempre estável com seus fornecedores permitiu que fosse incorporado um plano de contingência para contornar os possíveis gargalos que boa parte da indústria tem enfrentado.
A chegada do Corolla Cross no meio da pandemia demonstrou que essas virtudes fizeram a diferença. Desde o ano passado, na reta final para o lançamento, os prazos foram mantidos porque todas as equipes envolvidas no processo aprenderam a fazer as modificações necessárias em ambiente virtual para iniciar, em março, a produção do seu primeiro SUV nacional.
Olhando adiante o peruano, presidente da operação Toyota no País, trabalha no próximo ciclo de investimentos e compete internamente com fábricas da Toyota na Ásia e no México para esses novos projetos. A competitividade da operação brasileira e a previsibilidade das regras para, ao menos, os próximos seis anos, serão fatores importantes para vencer essa disputa. Por isso a Toyota leva, para todo o setor automotivo, a preocupação de que há a necessidade de diálogo para construir estratégias e tornar o País exportador global.
Da AutoData