Três anos de sucesso e muitas histórias no Leitura nas Fábricas

 

Foi com muita poesia que os três anos do Programa Leitura nas Fábricas foi comemorado ontem pelos Metalúrgicos do ABC.

A ideia do Sindicato de levar bibliotecas para dentro das empresas e aproximar o livro dos trabalhadores se tornou realidade no dia 28 de julho de 2010, na fábrica da IGP, em Diadema, com o apoio do Ministério da Cultura e da prefeitura da cidade.

Os números do Programa impressionam, com mais de 50 mil acessos, em busca do conhecimento por meio de livros, internet, CDs, DVDs, gibis, dentre outros.

“Nos dá orgulho porque é uma política pública que tem como foco a luta contra a exclusão”, disse o presidente do Sindicato, Rafael Marques, durante a comemoração.
 
“O socialismo que desejamos não luta só contra a fome e a miséria. Também leva acesso à internet, a informação, ao conhecimento e à arte às pessoas”, afirmou.

E completou, “somos parte de um corpo que foi capaz de levar a cultura para o trabalhador e despertar seus sonhos”.

Entre os livros mais procurados pelos trabalhadores estão os romances e os de literatura infantil, segundo o balanço dos agentes e mediadores de leitura dos Pontos.

Da fábrica para a família

“Criamos o Leitura nas Fábricas para levar os livros para dentro das fábricas, para as mãos dos companheiros”, lembrou a diretora executiva do Sindicato e coordenadora do Programa, Ana Nice Martins de Carvalho. “Agora os livros estão nas mãos dos filhos destes trabalhadores e isso contribuirá para um futuro com mais leitores, numa ação multiplicadora”, concluiu a dirigente.

Criatividade, prêmios, emoção e até Dança

“Um companheiro levou livros porque a esposa estava grávida de gêmeos e ele queria contar estórias para os bebês”, relatou Sandra Regina da Silva, a Joaninha, agente de leitura na Melling.

“O Programa aumentou a integração entre os trabalhadores, que utilizam diariamente a biblioteca. Livro infantil sai que nem água”, brincou Nivaldo Nunes Bezerra, o Sapão, do CSE na TRW.

“Os metalúrgicos se apropriaram da biblioteca e participam de concursos de poesia. Premiamos os que leem mais todo mês”, contou Maria da Penha bibliotecária do Ponto de Leitura na Papaiz.

“Criamos um curso de samba rock no Ponto, mas quem quer aprender a dançar tem que ler um livro”, relatou o agente de leitura na Apis Delta, Alexandre da Cruz, o Xande.

 

Da Redação