Uma só palavra de ordem: PROPOSTAS! E BOAS!

Mobilizações continuaram nesta quinta-feira em várias fábricas da base para pressionar os patrões a apresentar uma boa proposta


Paralisação na Autometal, em Diadema. Foto: Raquel Camargo / SMABC

A categoria seguiu a orientação do Sindicato e fez acontecer. Protestos com paradas atrasaram o início da produção por três horas na manhã desta quinta-feira (15) nas autopeças Autometal e Federal Mogul, as duas do G 3, em Diadema, e por duas horas na fábrica de bombas hidráulicas Mark Grundfos, do G 2, em São Bernardo. À tarde, a produção na Proxyon, autopeças em São Bernardo, começou após o horário habitual.

Essa foi a resposta determinada pela assembléia na noite de quarta-feira (14) à ausência de propostas decentes dos patrões para um acordo na Campanha Salarial 2011.

“O pessoal está tão disposto, que basta chegar na porta da fábrica que todos páram, tamanho é o descontentamento dos trabalhadores com as bancadas patronais”, afirmou David Carvalho, coordenador da Regional Diadema.

Também nesta quinta, o Sindicato enviou avisos de greve às empresas, seguindo gesto da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM) da CUT, que na quarta-feira entregou avisos aos sindicatos patronais.

Nesta sexta (16) estão previstas ao menos mais quatro protestos com paradas. “Esse será nosso ritmo até terça-feira que vem, data limite para o fim das negociações”, afirmou Carlos Alberto Gonçalves, o Krica, coordenador de São Bernardo.

Na terça-feira (20) acontece nova assembleia na Regional Diadema, às 18h. Quem luta por acordo salarial decente deve comparecer! 

Galeria de Fotos: Paralisação na Proxyon

Mobilização em todo o Estado
A mobilização acontece também entre os metalúrgicos dos demais 14 sindicatos da base da FEM-CUT em São Paulo

Em Itu e Taubaté, foi aprovado estado de greve nas empresas durante a semana e assembléia domingo.

Os metalúrgicos de Sorocaba fizeram uma grande mobilização que reuniu oito mil trabalhadores. Como no ABC, Salto, Cajamar e Pindamonhangaba tiveram assembléias na quarta-feira e decidiram prosseguir com as mobilizações. 

Porque paramos
Os índices propostos pelos grupos: 

Fundição – 9%: REJEITADO.

Grupo 2 – 8,5% (máquinas e eletrônicos): REJEITADO.

Grupo 3 – 8,9% (autopeças, forjaria, parafusos): REJEITADO.

Grupo 8 –  9,55% (indústria de metais ferrosos, metais não ferrosos, balanças, condutores elétricos e trefilação, esquadrias metálicas, refrigeração e tratamento de ar, equipamentos rodoviários e ferroviários, tratamento e laminação de metais): REJEITADO.

Grupo 10 – 8,2% (reparação de veículos, fábricas de equipamentos médicos, odontológicos e hospitalares, estamparias, fábricas de móveis metálicos, lâmpadas e aparelhos elétricos, mecânicas, tratamento de superfícies, fábricas de material bélico, e fábricas de rolhas metálicas): REJEITADO. 

Montadoras  – 10% (5% de aumento real para 2011 e 2012). Ampliação da licença maternidade para 180 dias e da licença para mãe adotante: APROVADO.

Da Redação