Volvo vira vegana e usa rolha e garrafa PET para abolir o couro

Até 2030, nenhum de seus carros terá o material de origem animal

A Volvo Cars foi uma das primeiras marcas a mergulhar de cabeça nas tendências do futuro. Ela já havia anunciado que 100% das vendas globais até 2025 seriam de veículos eletrificados (híbridos e elétricos), sendo 50% elétricos, e que até 2030 toda a sua linha seria de carros movidos a eletricidade. No Brasil, ela também está na vanguarda ao confirmar em maio que só venderia por aqui eletrificados – só a Noruega tomou a mesma decisão.

O próximo passo da empresa sueca é se tornar vegana: ela comunicou na sexta-feira, 24, que seus automóveis elétricos não usarão mais nenhum couro de origem animal. Na prática, significa que dentro de nove anos todos seus carros estarão livres desse tipo de revestimento. A montadora explica que a medida é tanto uma necessidade de assumir uma posição ética para o bem-estar animal como também uma preocupação ambiental, devido ao impacto da pecuária no meio ambiente.

No lugar do revestimento de couro, a Volvo vai oferecer como alternativa “materiais sustentáveis de alta qualidade feitos a partir de fontes naturais e recicladas”, que incluem lãs de fornecedores certificados com origem responsável e couro sintético. Ela também criou um revestimento para interiores chamado Nordico, composto por fibras têxteis feitas de matéria-prima reciclada, como garrafas PET, material de florestas sustentáveis na Suécia e Finlândia, e rolhas recicladas da indústria vinícola.

Esse novo produto vai estrear na próxima geração de carros da Volvo. A montadora também quer, até 2025, 25% do material utilizado em novos carros da Volvo seja de matéria-prima reciclada ou natural. O objetivo é que a marca se torne até 2040 uma empresa totalmente adepta da economia circular, que busca reaproveitar ao máximo os produtos. Para atingir essa meta, ela vai exigir que todos os fornecedores imediatos usem 100% de energia renovável até 2025.

Do Automotive Business