ABC organiza resistência ao golpe

Foto: Edu Guimarães

Em plenária na Sede, cerca de 200 lideranças sindicais, políticas e de movimentos sociais da região organizaram as ações do ABC con­tra o golpe, em defesa da democracia e do mandato da presidenta Dilma Rousseff. No encontro, ocor­rido na manhã de terça-feira, foi criada a comissão de mobilização do ABC.

Também ficou definido que a região terá uma forte participação no ato que acontecerá na próxima quarta-feira, dia 16, na Av. Paulista. 

“Agora é a hora de muita unidade para fechar o conjunto de ações, mobilizações de rua e atos de inteligência para defender os direitos dos trabalha­dores, a democracia e o compromisso com o Brasil”, afirmou o presidente do Sindicato, Rafael Marques. “São desafios fundamentais para os trabalhadores. Vamos criar uma onda anti-impedimento da Dilma”, convocou.

O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, destacou as conquistas trabalhistas e a necessidade de uma ampla articulação. “É preciso debater com todos os setores da sociedade que desejam o bem do País e do nosso povo”, defendeu.

“O que está em jogo é muito mais que o impeach­ment. O que está em jogo é o processo de transfor­mação onde os mais pobres passaram a ser olhados como gente”, explicou. “As pessoas que desejam o impeachment querem voltar ao passado e dirigir apenas para a minoria”, prosseguiu.

“Nós temos a responsabilidade de defender o processo democrático. É pelo voto do povo que estamos transformando o Brasil e temos que res­peitar o voto. Os derrotados nas urnas insistem em encontrar atalhos para chegar onde não tiveram o reconhecimento do povo”, argumentou.

O prefeito de Santo André, Carlos Grana, alertou sobre a necessidade de respostas rápidas para o País. “O Brasil não pode ficar nessa incerteza. Agora não é hora de ressaltar as divergências. É hora de somar e o ABC tem muito peso nas iniciativas que toma”, disse.

Neste mês, o documento “Compromisso pelo Desenvolvimento”, uma agenda positiva lançada em conjunto pelas centrais sindicais, entidades patronais e movimentos sociais no dia 3, deverá ser entregue à presidenta Dilma com propostas para a retomada do crescimento do Brasil.

Da Redação.