Deficientes auditivos participam do Trabalho e Cidadania
“Trabalho e Cidadania”, mostram Giovani, Diego e Wagner em Libras.
Foto: Rossana Lana / SMABC
Os três trabalhadores com deficiência auditiva que participaram nesta terça-feira do programa Trabalho e Cidadania aprovaram o conteúdo do curso por terem oportunidade de conhecer melhor a história do Sindicato e o trabalho desenvolvido pela representação sindical. Uma intérprete em Libras, a linguagem brasileira de sinais, tornou possível aos companheiros a compreensão do curso.
“Agora eu consegui entender o trabalho do Sindicato e a importância de uma negociação coletiva”, disse Wagner Antonio Miranda, montador na Mercedes. A mesma avaliação tiveram Giovani Ramparo de Souza e Diego Gueler, também montadores na Mercedes.
Eles destacaram que são poucas as oportunidades em que podem contar com a ajuda de um intérprete de Libras. “Temos dificuldades de nos relacionarmos com os outros trabalhadores e acabamos ficando isolados”, disse Diego.
Nas consultas médicas, por exemplo, Wagner não consegue explicar seu problema, não entende o diagnóstico ou os procedimentos a serem realizados. “Marco a consulta em casa, pois o pessoal no trabalho não entende nem a especialidade que preciso”, afirmou.
Normalmente, segundo ele, além de não existir um sistema de comunicação mais efetivo para deficientes auditivos na fábrica, são utilizadas pessoas não qualificadas para fazer a interpretação, com resultados precários.
Os três, no entanto, querem participar mais vezes do programa. “As informações que recebemos compensam um pouco a ausência delas no dia-a-dia”, comentou Giovani.
Da Redação