Dia 18 tem atos contra os ataques aos direitos e à democracia

Protestos e paralisações marcam o Dia Nacional de Lutas em defesa dos serviços públicos, empregos, direitos, democracia e pela educação.

A CUT, demais centrais sindicais e movimentos sociais convocam para 18 de março o Dia Nacional de Lutas e Paralisações contra os ataques de Jair Bolsonaro aos direitos e à democracia. Em São Paulo, o ato será às 16h, em frente ao Masp, na Av. Paulista.

Na pauta de luta estão a defesa do serviço público, educação, estatais, emprego e salário, soberania, defesa da Amazônia e agricultura familiar.

O presidente da CUT, Sérgio Nobre, ressaltou que a situação é grave, com a economia patinando sem dar sinais de recuperação, as filas de espera do INSS para pedidos de aposentadoria ou auxílio-doença e as medidas do governo que retiram direitos dos trabalhadores. Entre elas a Carteira Verde e Amarela em tramitação no Congresso, que teve a votação do relatório suspensa ontem na Comissão Especial e remarcada para o próximo dia 17.

“As filas para receber o Bolsa Família só aumentam, mais de 12 milhões de brasileiros e brasileiras estão desempregados e mais de 50% da população na informalidade. Isso sem contar o crescimento do número de pessoas em situação de rua em todo país. E para piorar não existe nenhuma política no sentido de reverter este cenário, pelo contrário”, afirmou.

Sérgio Nobre lembrou que para ter saúde e educação privadas, as pessoas precisam ter condições de pagar, mas 90% da classe trabalhadora não ganham o suficiente para isso.

“Quando é público, é para todo mundo. Quem quer um Brasil para todos e todas têm que ir para rua dia 18 de março”, convocou.

“A gente espera que milhares de trabalhadores venham para rua dizer que o país está no rumo errado e que precisa recuperar o caminho correto de fortalecer as políticas públicas, geração de emprego, do crescimento com soberania e não permitir as arbitrariedades que estão sendo feitas no Brasil”, ressaltou.

Greve da Educação

No início, o dia 18 tinha sido marcado como um dia de greve da educação, uma das áreas que mais vêm sendo atacadas pelo governo. A CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) convocou a categoria para um dia de luta em defesa da aprovação da Proposta de Emenda Constitucional nº 15/2015, que institui o novo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica).

O Fundeb expira este ano e, caso não seja renovado, mais de 3.500 municípios do país sofrerão graves retrocessos no financiamento da educação, comprometendo o atendimento escolar de milhares de estudantes, da creche ao ensino médio.

Professores

Em São Paulo, os professores farão assembleia estadual na Praça da República, às 14h. A categoria também luta contra o desmonte da previdência estadual, reivindica reajuste salarial de 29,25% e critica a política de subsídios e o autoritarismo do governador João Doria.

Após a assembleia todos sairão em passeata para o ato unificado na Av. Paulista.