Estão querendo nos dividir colocando o povo contra o povo

(Foto: Adonis Guerra)

Mar­ques, esteve ontem com os trabalhadores na ZF, em São Bernardo, alertando sobre os riscos aos direitos e as conquistas obti­das nos últimos anos (saiba mais na página 3), por conta da crise política no Brasil.

“Não podemos acreditar na Veja, na Istoé, na Globo ou na Record, ou na CBN e na Rádio Bandeirantes, porque eles estão tentando dividir a classe trabalhadora”, enfatizou o presidente.

“Estão colocando o povo contra o povo na rua. É a família sendo dividida. Não vale a pena o que eles estão fazendo. O Brasil não tem essa característica do acir­ramento a qualquer custo”, avaliou.

Rafael colocou em votação o compro­misso dos companheiros na ZF com a unidade da categoria e disposição de luta e resistência contra qualquer ameaça de retrocesso, aprovado por unanimidade.

“Não queremos que a pauta seja a re­forma da Previdência, retirando direitos; a reforma trabalhista, que precariza as relações de trabalho; o fim dos programas sociais, tornando o País um paraíso fiscal do empresariado brasileiro”, criticou.

Para ele, a indústria pode ser moderni­zada e tornar-se competitiva e ao mesmo tempo garantir o crescimento social dos trabalhadores, que nela produzem.

“Esse Brasil, que é o 7º país do mundo e pode chegar a ser o 5º, não pode ser um país de poucos, com milhões de trabalha­dores com direitos rebaixados”, alertou.

Segundo o presidente dos Metalúrgicos do ABC, a pauta dos patrões já está em andamento na Câmara dos Deputados, desde o ano passado, com a aprovação da PL 4330, que foi barrada no Senado, de­pois da mobilização das centrais sindicais.

“Essa agenda patronal tem o objetivo de enfraquecer a organização dos tra­balhadores e criminalizar o movimento sindical, semelhante ao que já aconteceu no México”, explicou.

Rafael lembrou que os mexicanos tinham salários iguais aos brasileiros, nos anos 90, e após uma crise como a que o Brasil vive, tiveram redução e ganham um terço hoje.

“Estamos trabalhando para sair da crise, para achar um entendimento, para que a renovação da frota de veículos seja uma realidade”, afirmou.

“O Brasil precisa decolar, com a preser­vação dos empregos, das garantias e dos direitos”, completou o presidente.

Da Redação