Exposição na Sede retrata luta de 17 mulheres desaparecidas na Ditadura

(Foto: Adonis Guerra)

A partir de hoje e durante todo o mês de março, a exposição “Luta, substantivo feminino” estará à mostra no saguão da Sede com painéis contando histórias de 17 mulheres que sofreram perseguição política no período da ditadura militar no País. 

“A atividade acontece às 8h30 e dá início a uma série de eventos em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta terça, 8 de março, com programação a ser divulgada posteriormente nas edições da Tribuna Metalúrgica”, afirmou a representante da Comissão das Metalúrgicas do ABC e CSE na Ford, Simone Vieira. 

A Comissão e a Associação dos Metalúrgicos Anistiados do ABC, a AMA-A ABC, que organizam o evento, “convidam toda a categoria para conhecer cada uma dessas mulheres que pagaram com a vida em defesa da democracia”, continuou o presidente da AMA-A ABC, João Paulo de Oliveira. 

“Esta é uma história que ainda não acabou e precisa ser contada para que nunca mais volte a acontecer”, prosseguiu o dirigente. 

A educadora aposentada Maria de Lourdes Toledo Nanci é uma das personalidades presentes na abertura da exposição. Sua militância começou ainda jovem, aos 19 anos, quando ingressou nas fileiras da Igreja Católica alinhadas aos princípios progressistas durante o golpe. 

Casou-se com José Nanci, ex-vereador em Santo André, e tido como o cabeça da organização da Ação Popular na região. 

“É difícil falar como é não ter liberdade. Só quem passou por isso sabe o que é viver com medo de se manifestar publicamente”, garantiu Maria de Lourdes, que foi detida por duas vezes para reconhecimento de militantes. 

Lourdes atuou ao lado do marido, que faleceu em 1998, para ajudar a organizar o movimento operário. Por diversas vezes sua casa foi invadida pelos agentes da repressão e seu marido ficou detido por três vezes no Departamento de Ordem Política e Social, o DOPS.

Da Redação
A partir de hoje e durante
todo o mês de março, a exposição
“Luta, substantivo feminino”
estará à mostra no saguão
da Sede com painéis contando
histórias de 17 mulheres que
sofreram perseguição política
no período da ditadura militar
no País.
“A atividade acontece às
8h30 e dá início a uma série de
eventos em comemoração ao
Dia Internacional da Mulher,
celebrado nesta terça, 8 de
março, com programação a ser
divulgada posteriormente nas
edições da Tribuna Metalúrgica”,
afirmou a representante
da Comissão das Metalúrgicas
do ABC e CSE na Ford, Simone
Vieira.
A Comissão e a Associação
dos Metalúrgicos Anistiados
do ABC, a AMA-A ABC, que
organizam o evento, “convidam
toda a categoria para conhecer
cada uma dessas mulheres que
pagaram com a vida em defesa
da democracia”, continuou o
presidente da AMA-A ABC,
João Paulo de Oliveira.
“Esta é uma história que
ainda não acabou e precisa ser
contada para que nunca mais
volte a acontecer”, prosseguiu
o dirigente.
A educadora aposentada
Maria de Lourdes Toledo Nanci
é uma das personalidades
presentes na abertura da exposição.
Sua militância começou
ainda jovem, aos 19 anos,
quando ingressou nas fileiras
da Igreja Católica alinhadas aos
princípios progressistas durante
o golpe.
Casou-se com José Nanci,
ex-vereador em Santo André,
e tido como o cabeça da organização
da Ação Popular
na região.
“É difícil falar como é não
ter liberdade. Só quem passou
por isso sabe o que é viver
com medo de se manifestar
publicamente”, garantiu Maria
de Lourdes, que foi detida por
duas vezes para reconhecimento
de militantes.
Lourdes atuou ao lado do
marido, que faleceu em 1998,
para ajudar a organizar o movimento
operário. Por diversas
vezes sua casa foi invadida
pelos agentes da repressão e
seu marido ficou detido por
três vezes no Departamento
de Ordem Política e Social, o

DOPS.