Fala Wagnão: A luta pela educação é a luta por um país socialmente igualitário

Ler é um ato político. Educar é um ato de transformação. Talvez seja por isso que governos com o viés autoritário têm como primeira e mais forte iniciativa a destruição da educação. Um povo que lê e que se educa tem a tendência a não se deixar ser manipulado, não ser instrumento de políticos de partidos com tendências fascistas, para os quais o povo é mero instrumento de exploração e produção das suas riquezas.

É neste sentido que não é surpresa que a educação e os educadores, estejam eles nas universidades, ensino médio, ou fundamental, sejam um dos mais perigosos inimigos do projeto deste governo. É por essa razão que a perseguição aos professores com a gravação de vídeos e denúncias infundadas é hoje o instrumento utilizado para coibir aquilo que os educadores têm como sua principal razão de vida, transformar as pessoas em cidadãos.

Com senso crítico é possível questionar o ambiente em que se vive, a educação é o mais revolucionário instrumento contra a dominação dos trabalhadores e trabalhadoras. Por isso não podemos admitir que ela seja transformada em mero instrumento de lucro, em um ambiente de negócios em que os nossos filhos e filhas sejam vistos como uma oportunidade de aumentar os ganhos dos grandes conglomerados educacionais, que claramente não têm como objetivo formar, qualificar, mas sim acumular lucros aumentando e distribuindo a ignorância e a desinformação.

Por isso é importante que no dia 30 nos manifestemos pela preservação de uma escola laica, crítica e que tenha como seu principal objetivo construir inteligência e, a partir dela, o desenvolvimento deste país. Realizaremos em todo o Brasil atos em defesa da educação pública de qualidade. Essa talvez seja a nossa maior luta e, com certeza, aquela que trará maiores resultados para a transformação desse país em um Brasil socialmente igualitário.