Karmann-Ghia: doações chegam a 25 toneladas de alimentos e de R$ 38 mil

(Foto: Adonis Guerra)

Em vias de completar seis meses de ocupação dos trabalhadores na empresa Karmann-Ghia, em São Bernardo, o total de doações para os companheiros passa de R$ 38 mil em depósitos bancários, 23 tonela­das de alimentos, além de produtos de limpeza e fraldas.

As doações vieram de companhei­ros na base, dos trabalhadores na Sede e Regionais, de sindicatos de outras cidades e categorias, de dirigentes, políticos, movimentos sociais e também houve apoio de instituições vizinhas. Parte das contribuições em reais foi deposi­tada na conta solidária aberta pelo Sindicato em julho.

“Todo esse tempo de ocupação serviu para percebemos o quanto os companheiros têm disposição para lutar por seus direitos e como a categoria é solidária. A continui­dade da mobilização por meses só foi possível por conta da ajuda de todos”, declarou o diretor executivo do Sindicato, Carlos Caramelo.

Na última sexta-feira, dia 4, o diretor esteve na fábrica para apre­sentar aos metalúrgicos na autope­ças um balanço da ações feitas até o momento. Na ocasião, a Comu­nidade do Samba de São Bernardo visitou a fábrica e fez uma doação de cerca de 400 quilos de alimentos.

Os companheiros na Belden, em Diadema, também doaram no mesmo dia 12 caixas de leite e cinco cestas básicas.

No próximo domingo, dia 13, a Co­munidade estará na Sede, a partir da 14h, em mais um show beneficente. “Usamos o samba também como instrumento de solidariedade e assim conseguimos ajudar muita gente”, declarou a responsável pela parte social da Comunidade, Mar­rana Japona.

Histórico

O movimento de luta teve início em 13 de maio, quando a justiça emitiu parecer confirmando que a atual diretoria não havia, de fato, cumprido com as obrigações com os antigos donos, gerando uma indefinição sobre quem são os reais proprietários da empresa.

Desde então os companheiros na Karmann-Ghia passaram a sofrer com anos de má gestão e erros de administração e com sucessivos atrasos de pagamentos de salários, benefícios trabalhistas e descumpri­mento de acordos.

Justiça

Ontem ocorreu a primeira audi­ência de conciliação, mas até o fe­chamento desta edição de a Tribuna, ainda não havia sido finalizada.

Da Redação