Memória: Aprovado o sindicalismo do futuro

Foto: Raquel Camargo 

Com a aprovação do novo Estatuto em 21 de novembro de 1998, os metalúrgicos deram mais um impulso para apontar aos trabalhadores do País as ações do sindicalismo do futuro: a criação dos Comitês Sindicais de Empresas, os CSEs.

“Esta é uma assembleia histórica do movimento sindical, pois estamos rompendo com as amarras do Estado e com o corporativismo”, afirmou o então presidente dos Metalúrgicos do ABC, Luiz Marinho.

O novo Estatuto criou os Comitês Sindicais de Empresa, que passaram a ser a nova representação dos trabalhadores a partir dos locais de trabalho.

A assembleia foi a atividade final para o aval da categoria para o então novo Estatuto e contou neste dia com mais de 500 metalúrgicos de toda a base. Para prepará-la, a Direção do Sindicato realizou reuniões por empresas e nas Regionais meses antes.

O Estatuto foi uma das resoluções do 2º Congresso dos Metalúrgicos do ABC – Ano 2000. Que Sindicato queremos? –, que teve início em 13 de dezembro de 1996 e prosseguiu até 18 de maio de 1997.

“Queremos construir um Sindicato de acordo com a ótica da liberdade e autonomia sindicais”, disse Marinho ao lembrar que o sistema de representação dos trabalhadores é o que define o grau de importância dos sindicatos.

“São as Comissões de Fábrica e as CIPAs que fazem deste Sindicato o mais importante politicamente no País. E agora, com os Comitês Sindicais, a tendência é aumentarmos o nosso grau de representação e influenciarmos o movimento sindical brasileiro para mais esta novidade”, explicou.