Metalúrgicos encerram comemoração dos 60 anos com leitura de carta enviada por Lula

Fotos: Adonis Guerra

Um ato político com a participação de diversas lideranças como o líder do MTST, Guilherme Boulos, o deputado estadual Teonílio Barba, a vereadora por São Bernardo Ana Nice, o deputado federal Vicentinho, o vereador Eduardo Suplicy, o ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho e o secretário geral da CUT, Sérgio Nobre, encerrou a comemoração dos 60 anos dos Metalúrgicos do ABC seguido do show do rapper Dexter.

O secretário geral do Sindicato Aroaldo Oliveira da Silva, agradeceu todos os trabalhadores e integrantes de movimento sociais presentes. “A história deste Sindicato se confunde com a história da classe trabalhadora brasileira, seja na resistência contra a ditadura militar, na luta pela redemocratização do Brasil, no Fora Collor, na resistência contra retirada de direitos na década de 90, na ajuda ao governo Lula para este país voltar a crescer e gerar emprego, na resistência contra o golpe que tirou a presidenta Dilma e agora contra esse governo”.

Guilherme Boulos também lembrou a importância histórica dos Metalúrgicos do ABC. “É uma satisfação estar aqui nessa comemoração de 60 anos de um dos sindicatos mais importantes do Brasil e do mundo. Quando nosso povo estava enfrentando uma ditadura militar sombria que caçava direitos e perseguia opositores, que hoje é defendida por quem está na presidência, vieram as greves do ABC, lideradas por este Sindicato, essas greves ajudaram a derrotar 21 anos de um regime autoritário nesse país”.

Luiz Marinho chamou a atenção para a falta de uma presença ilustre no evento que segue como preso político em Curitiba. “Nossa tristeza é dizer que hoje falta alguém neste palco para falar conosco. Esse alguém é nosso eterno presidente desse sindicato e o melhor presidente da história deste país, o companheiro Lula. É por ele que nós chamamos a resistência contra o desmonte das políticas públicas no Brasil”.  

O presidente do Sindicato Wagner Santana, o Wagnão, encerrou o ato agradecendo todos os companheiros e trabalhadores no Sindicato que se dedicam no dia a dia para realização do evento. Wagnão também lembrou aqueles que dedicaram a vida à luta por direitos. “São essas pessoas, aqueles que construíram, não este prédio, porque o prédio sem a presença de cada um de vocês não significa nada, o que faz isso ser o que é, é a participação e o movimento de cada trabalhador e trabalhadora na luta por uma sociedade justa”.  

Para encerrar, leu a carta enviada por Lula em homenagem aos 60 anos do Sindicato na qual Lula escreveu: “No aniversário de 60 anos do nosso Sindicato, quero dizer a vocês que nunca esqueci de onde eu vim e que, mesmo daqui onde estou preso injustamente, nunca desisti de continuar lutando.”

 Da redação