“Que sejam os trabalhadores que criem o ambiente para sair da crise”, diz Rafael

Foto: Edu Guimarães

Durante assembleia da Co­missão de Mobilização na última quarta, dia 9, na Sede, o presidente do Sindicato, Rafael Marques, ava­liou a atual situação econômica e os principais pontos que precisam ser destravados para a retomada do crescimento do Brasil.

Rafael criticou os bancos que, apesar da crise, vem lucrando com o financiamento dos carros usados. Ele também recebeu o apoio unânime dos metalúrgicos do ABC para o ato unificado na próxima terça, dia 15, às 9h, em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a Fiesp, na Avenida Paulista.

Na atividade, os companhei­ros se unirão a outras 20 cate­gorias cutistas, com data-base no segundo semestre, também pelas campanhas salariais, em defesa do salário, do emprego e da Petrobras.

Campanha Salarial 2015

Divulgado ontem, o acumulado de 12 meses do Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o INPC, fechou em 9,88%. O presidente destacou que agora é a hora de apertar as negociações com as bancadas patronais que tentam reduzir os direitos na convenção coletiva e que o momento requer unidade dos trabalhadores e ação conjunta na luta.

Pessimismo Patronal

Com a baixa atividade econômica do País houve uma debandada geral do empresariado em não investir, mesmo com recursos para isso. As famílias, contaminadas pelo pessimismo, deixaram de consumir. Os bancos não conce­dem créditos. Segundo Rafael, é preciso mudar de atitude, fazer a economia girar e trabalhar muito para tudo melhorar em 2016. “Que sejam os trabalhadores que criem o ambiente para sair da crise”.

Petrobras

O Brasil não pode matar o seu setor de infraestrutura, que é a Petrobras e as emprei­teiras. Quase 1% do Produto Interno Bruto, o PIB, está sob a estatal e as obras estão sendo paralisadas pela operação Lava Jato. Para Rafael, os Metalúrgicos do ABC apoiam o combate à corrupção, mas não a demissão de mais de 200 mil trabalhadores no Brasil, por conta desta investigação.

Crédito

O carro novo produzido no País ficou mais caro e o consumidor migrou para o usado em 2015. Só esse ano já foram vendidos 5,5 milhões de unidades. Na avaliação de Rafael, o segmento de usados tem crédito porque tem as financeiras por trás da compra. Já os carros novos patinam e as montadoras têm culpa nesse processo porque todas encareceram os veículos de entrada, os chamados carros populares.

Da Redação.